Integração na Universidade: IFTM transforma bebidas alcóolicas em aromatizantes para ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade em Uberlândia
O projeto chamado “Extensão que Transforma” oferece curso ministrado por professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTM) e alunos monitores que transforma produtos apreendidos pela Receita Federal em materiais que podem ser comercializados.
Professores e alunos do IFTM se reúnem para dar curso voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Ciência, química e oportunidade são os pilares do programa “Extensão que Transforma”, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTM). A iniciativa foi mostrada no Diário do Estado no MG2 de Uberlândia desta terça-feira e transforma produtos apreendidos pela Receita Federal em uma possível fonte de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Segundo a pró-reitora de extensão e idealizadora do programa, Danielle Freire Paoloni, os produtos apreendidos pela Receita Federal, como bebidas alcóolicas e perfumes, são doados para a IFTM e transformados em álcool em gel, geleias, aromatizadores e difusores. Tudo acontece dentro do laboratório de química da instituição.
“A pergunta era, o que vamos fazer com esses produtos apreendidos de modo que nós consigamos dar um fim social e sustentável a ele. E assim nasceu esse programa”, comentou a pró-reitora.
O foco do projeto, no momento, são mulheres em situação de vulnerabilidade social que vão receber um curso junto aos professores e alunos monitores do IFTM, que vão ensiná-las a como transformar os produtos em uma fonte de renda.
De acordo com a Danielle, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é responsável por indicar as mulheres para a instituição, que são matriculadas em cursos do IFTM. O produto que elas transformarem no curso será delas para vender, doar ou usar da forma que melhor entenderem.
“A gente trabalha, por exemplo, com aromatizador e difusor, com duas principais bebidas, e o perfume, que no caso seria o gim e a vodca. E, no caso do álcool em gel, a gente trabalha com o licor e também uísque. Então, a gente trabalha com todos esses produtos apreendidos para tentar trabalhar eles de uma melhor forma possível”, comentou a estudante Maria Cecília Rezende de Souto, uma das monitoras do curso.
As geleias, por exemplo, são feitas a partir do vinho. Tudo que é produzido no projeto tem como origem bebidas alcóolicas e perfumes, com base na composição química deles.
O curso será ofertado nos campi de Uberlândia, que ficam no Bairro Patrimônio e na zona rural. As duas turmas, que terão cerca de 30 alunas cada, serão abertas até junho, com edital para inscrições. Mais informações podem ser acessadas no site oficial do IFTM.
“Ver um produto que para outras pessoas pode ser uma coisa ruim, transformar em uma coisa de ganha pão, é gratificante. Porque, querendo ou não, dá um sentido novo para uma coisa que pode ser considerada pela sociedade como algo negativo. Então, transformar esses produtos que são apreendidos em algo inovador para essa comunidade é muito importante”, comentou a estudante Maria Cecília Rezende de Souto.