Projeto Geoparque Corumbataí busca reconhecimento da Unesco como 1º geoparque de SP: Desafios, etapas e importância do envolvimento da comunidade

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O que falta para o projeto de 1º geoparque do estado de São Paulo ser apresentado à Unesco? DE deve abrigar patrimônios geológicos e contar com o envolvimento da comunidade. O dossiê deve ser finalizado até 2027, diz coordenação do projeto Geoparque Corumbataí, que envolve nove municípios.

Rochas, morros e paisagens também são considerados patrimônios — Foto: Divulgação/Projeto Geoparque Corumbataí

Rochas que guardam a história do nascimento do Oceano Atlântico, fósseis com relevância internacional e paisagens que ajudam a contar como a Terra se transformou ao longo de milhões de anos podem colocar o interior paulista no mapa mundial da geodiversidade. Esse e outros conjuntos de achados e registros científicos embasam o projeto Geoparque Corumbataí, organização tocada por cientistas, estado e sociedade civil com o intuito de integrar a proteção, a educação e o desenvolvimento sustentável em áreas com patrimônio natural e cultural.

Esse e outros conjuntos de achados e registros científicos embasam o projeto Geoparque Corumbataí DE, organização tocada por cientistas, estado e sociedade civil com o intuito de integrar a proteção, a educação e o desenvolvimento sustentável em áreas com patrimônio natural e cultural.

O projeto será submetido ao selo de Geoparque Global pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), informou Alexandre Perinotto, professor do curso de Geologia da Unesp de Rio Claro e coordenador científico da organização. Se aprovado, será o primeiro do tipo no estado de São Paulo e sétimo no Brasil – veja cronograma abaixo.

No entanto, para que o projeto do Geoparque Corumbataí seja oficialmente apresentado à Unesco, ainda é necessário concluir os planos técnicos exigidos pela organização internacional, avançar na fase de comunicação e identidade visual do território e consolidar o engajamento comunitário e institucional entre os municípios envolvidos, sendo esse último um dos principais desafios, segundo Perinotto.

Como o geoparque não é uma unidade de conservação tradicional, a adesão depende de articulação política, alinhamento entre prefeituras e continuidade administrativa, explica o professor. A previsão é que esse conjunto de documentos e ações esteja finalizado até 2027, quando o dossiê será submetido à avaliação, informou Perinotto.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDHU), o projeto Plano Regional Integrado de Turismo da Serra do Itaqueri e do Geoparque Corumbataí está estruturado em duas fases. Na primeira, estão sendo desenvolvidos os produtos técnicos exigidos pela Unesco. Entre eles, estão o Plano de Gestão, o Plano de Geoturismo, o Plano de Patrimônio Geológico e Geoconservação, todos elaborados conforme os critérios e diretrizes internacionais, afirmou a pasta.

Rochas formadas por magmas deram forma ao famoso “salto” do Rio Piracicaba, mais visível durante os períodos de estiagem — Foto: Edijan Del Santo/ EPTV

Um geoparque não é um parque no sentido tradicional, como um local fechado com portaria e entrada, mas sim um território que possui ligação entre si e importância cultural e geológica, explica Perinotto. No caso do projeto do Geoparque Corumbataí, são áreas com fósseis, cachoeiras, museus, morros, trilhas, rochas e florestas que ficam no território da Bacia do Rio Corumbataí – confira a lista de pontos de interesse aqui.

Para que o projeto seja formalmente submetido à análise da Unesco e receba o selo de Geoparque Global, é necessário cumprir uma série de requisitos, como apresentação da base científica e engajamento político e social entre a comunidade e poder público. Além disso, é preciso possuir alguns patrimônios internacionais, explica Perinotto. No caso do projeto Geoparque Corumbataí, o principal patrimônio é o fóssil do Mesossaurus, um réptil que viveu há 270 milhões de anos e cujos fósseis são encontrados tanto na região de Rio Claro, no interior de SP, quanto na bacia do Karoo, na África do Sul.

A selo da Unesco é importante para que o geoparque funcione como um certificado de qualidade e reconhecimento internacional, informa o professor. Perinotto citou o Geoparque de Arouca, em Portugal, como exemplo. Segundo ele, a vila medieval, que enfrentava um processo de esvaziamento, conseguiu transformar a geologia em identidade cultural e turística após a descoberta de um fóssil na região, fortalecendo a cultura, o turismo e o sentimento de pertencimento local. Existem 229 geoparques espalhados por 50 países, reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Seis estão no Brasil, sendo o pioneiro no Ceará, reconhecido pelo patrimônio de fósseis.

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