Projeto leva educação financeira a estudantes da rede pública

Projeto leva educação financeira a estudantes da rede pública

Aprender desde cedo como gerenciar as finanças pode facilitar muito a vida adulta. Com este pensamento, a professora Sônia Alexandre decidiu implantar no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Francisco Maria Dantas, de Goiânia, o projeto de educação financeira “Cidade Inteligente na Mente”.

Voltado para estudantes dos 6° e 7° anos do ensino fundamental, o projeto promove, a partir da simulação de construção de uma cidade, habilidades de gestão financeira e cidadania fiscal. O objetivo é ensinar aos jovens conhecimentos matemáticos, com práticas da educação financeira, tributária, investimentos e vendas, além de incentivá-los a realizar as atividades em sala de aula.

No projeto, os alunos começam as atividades sem saldo e vão ganhando dinheiro fictício ao longo das aulas. A cada mês, com as aulas, atividades e exercícios, os estudantes aumentam as porcentagens do “salário” por cumprir a obrigação. As atividades na cidade refletem situações reais, já que os estudantes passam a desempenhar funções no município imaginário.

A “Cidade Inteligente na Mente” completa um ano em agosto. Para Sônia Alexandre, que é professora de matemática no Cepi Francisco Maria Dantas, a ideia é preparar os alunos para tomadas de decisões futuras mais seguras. “A partir deste projeto, pretendo mostrar os caminhos e as oportunidades que estes jovens terão para que sejam pessoas esclarecidas a respeito de finanças”, afirma ela.

A professora explica que a ideia surgiu da própria experiência de vida, das dificuldades, do difícil acesso aos investimentos e das dificuldades de gerenciamento financeiro. “Agora que represento o estado me sinto na obrigação de passar esses ensinamentos aos meus alunos, para que eles tenham mais facilidade em lidar com dinheiro na vida adulta”, destaca.

Premiações

Com o projeto “Cidade Inteligente na Mente”, os 240 estudantes de 6° e 7° anos do Cepi Francisco Dantas estiveram entre os vencedores da 2ª edição do Prêmio Estadual de Educação Fiscal de Goiás, desenvolvido pela Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Affego). Classificados em 3° lugar, a professora Sônia Alexandre e os alunos receberam, em maio deste ano, uma premiação de mais de R$ 2 mil.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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