Projeto para mudar calculo do IPVA em Goiás é apresentado na Assembleia Legislativa

Um projeto de lei para mudar a forma como é calculada o valor médio dos veículos para efeito de cobrança do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), em Goiás, foi apresentado na Assembleia Legislativa pelo deputado Eduardo Prado. Atualmente, o governo, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), define o valor venal que será aplicada a alíquota do imposto baseado em pesquisa de preços do mercado até 31 de dezembro de cada ano.

Entretanto, o deputado defende que o valor venal seja definido com a média dos preços no mês que o contribuinte pagar o imposto, de acordo com o final da placa do seu veículo. Ele justifica que a pandemia causou uma “bagunça” no mercado de carros (novos e usados) no Brasil, o que elevou significativamente os preços, fazendo com que o imposto também sofra alta.

“Poderá ser utilizado como base de cálculo o valor de mercado do veículo, no momento da ocorrência do fato gerador, aferido mediante pesquisa em revista, jornal ou estabelecimento especializado no comércio de veículos”, disse.

IPVA

Como os valores dos veículos usados e novos não cedeu, o projeto pode não ser aceito, caso os preços continuem subindo no mercado de veículos usados, fazendo com que o IPVA fique cada vez mais caro. Por outro lado, o contribuinte poderá pagar o imposto parcelado em até 10 vezes.

Este último projeto de lei já aprovado na Assembleia Legislativa é de autoria do deputado Henrique Arantes (MDB). O parlamentar justifica que a medida vai reduzir o impacto do aumento do imposto para os contribuintes, sem gerar perda da arrecadação para o governo estadual. O projeto ainda não foi sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp