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Projeto quer reduzir etapas e tempo para abertura de empresa em Goiás

Última atualização 02/04/2022 | 11:03

Até a próxima quarta-feira (6), será lançado o RedeSim 2.0, com objetivo de reduzir a burocracia para abrir novas empresas em Goiás. O projeto piloto será feito em cinco cidades – Jaraguá, Itumbiara, Alexânia, Porangatu e Quirinópolis. Os organizadores ainda esperam retorno da Prefeitura de Goiânia para que a iniciativa seja implantada também na Capital.

Feito em parceria entre Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), que é o órgão responsável pelo registro de novos PJs, e Sebrae Goiás, o projeto pretende diminuir de 21 horas para 18 horas a média de tempo gasto para se abrir uma empresa no estado. No futuro, a meta é alcançar o prazo de 8 horas. A estratégia para isso é reduzir de 16 para 6 a quantidade de procedimentos necessários.

“Para abrir uma empresa, o cidadão precisa entrar em contato com diferentes órgãos, como Vigilância Sanitária e de meio ambiente. O objetivo do RedeSim 2.0 é integrar as pastas para reduzir a burocracia. “Elas precisam conversar entre si para conseguirmos diminuir os procedimentos. O objetivo é integrar os sistemas”, explica o presidente da Juceg, Euclides Barbo.

“A burocracia pode levar o empreendedor a desistir de abrir uma nova empresa. A desburocratização é o nosso papel, para facilitar a vida do empreendedor, para que ele trabalhe e gere riquezas para o próprio estado, não só em impostos, mas em geração de emprego”, afirma o analista do Sebrae Goiás, Allan Máximo.

Apesar de ter se recuperado e, em fevereiro, estar entre os dez estados com menor média de tempo para abrir uma empresa, Goiás teve queda significativa no ranking referente aos últimos quatro meses de 2021. De acordo com o Mapa de Empresas do Ministério da Economia, registrar um novo negócio havia ficado 6 horas mais lento entre setembro e dezembro do ano passado. Mesmo com a queda, Goiás ocupava a sexta posição no ranking.

Segundo o presidente da Juceg, a explicação para isso está no grande número de pessoas que quiseram abrir empresa em 2021. “Quase 40% a mais que o normal. Em 2018, foram 20 mil novas empresas; em 2019, 23 mil; em 2020, 26 mil e em 2021, 33 mil”, afirma. O número de registro de Microempreendedores Individuais (MEIs) bateu recorde no país, denunciando a falta de empregos. No entanto, os números citados pelo presidente da Juceg são especificamente sobre a abertura de empresas.

Em Goiânia

Ainda de acordo com o Mapa da Empresas, abrir um negócio ficou 13 horas mais lento em Goiânia no último quadrimestre de 2021, com uma média de um dia e sete horas, no total, o que deixou a cidade em 14º lugar no ranking das capitais. A cidade abriga 30% de todas as empresas goianas. Um total de quase 950 mil, segundo a Juceg.

Allan, do Sebrae, explica que foi entregue um estudo à prefeitura de Goiânia, feito em seis meses, que aponta maneiras de desburocratizar o processo na capital. Foi o primeiro estudo do tipo no estado. “Entregamos ao poder público municipal e estamos aguardando para que vá à fase de implantação. O estudo foi, inclusive, pedido do prefeito [Rogério Cruz]”, explica o analista.

“É algo que o prefeito tem que ter como meta. Estamos com reuniões para implementar, mas existem dificuldades, como resistências internas. A conversa entre as pastas ligada ao processo para abrir empresas é um pouco difícil porque todo mundo tem seu próprio jeito de trabalhar, então demora um pouco para alinhar até que todos tenham o mesmo pensamento”, afirma o presidente da Juceg.

A reportagem solicitou à prefeitura uma entrevista para saber a previsão da redução de procedimentos para abrir uma empresa em Goiânia. A assessoria informou que não seria possível. O DE, então, solicitou nota, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

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