Projeto Rede Nascer será implantado em Goiás com foco na saúde da mãe e do bebê

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) está implantando o Projeto Rede Nascer em Goiás, que é inspirado no Mães de Minas, e tem como meta reduzir a taxa de mortalidade materna, fetal e infantil. O projeto está em fase de reorganização da linha de assistência e cuidado com as gestantes e, para isso, conta com apoiadores do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Especialistas do instituto acompanham o projeto em Goiás e relatam que, em 30 anos, houve avanço significativo no estado em relação à mortalidade materna e infantil. Em 2023, dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), indicam uma leve redução de mortes de 11,6%.

“Desde o momento em que a mulher decide engravidar, é fundamental que ela seja acompanhada por uma equipe de saúde para avaliar se está em condições adequadas para a gestação. Durante o pré-natal, é importante identificar possíveis riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, garantindo um acompanhamento adequado em cada etapa”, exemplifica Adriana Melo, que é referência técnica do IFF Fiocruz.

“O processo começa na atenção primária, onde são realizados o planejamento reprodutivo e o acompanhamento inicial da gestante. Durante o pré-natal, se a gestação for considerada de baixo risco, a mulher pode também ser acompanhada na própria unidade básica de saúde”, lembra Adriana.

PROJETO REDE NASCER

Segundo o secretário-adjunto da SES, Sérgio Vencio, o projeto surge num momento crucial em que todos os envolvidos na área da saúde em Goiás estão comprometidos em reduzir a mortalidade materna e infantil.

“Além disso, é toda uma estrutura que vai além da saúde, é o bem-estar, o cuidado com os vulneráveis. Vamos construir uma rede com uma linha de cuidado que chega num momento oportuno porque estamos maduros para implementar esse projeto”.

De acordo com a proposta apresentada pelo consultor do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems/GO), Antônio Jorge, o projeto visa realizar um monitoramento mais abrangente das consultas pré-natais e do período puerperal, esclarecer dúvidas das gestantes e suas famílias, e orientar na resolução de problemas relacionados à assistência.

Seguindo o modelo Mães de Minas, o Call Center será uma ferramenta importante nesse processo. “Vamos utilizar a plataforma para cadastrar as gestantes que nos fornecerão informações sobre elas. Nós as informaremos sobre o que é necessário em todas as consultas, identificaremos os riscos gestacionais e daremos informações durante toda a gestação até a unidade onde ocorrerá o parto. É um acompanhamento essencial para evitar problemas. Grande parte dos óbitos é evitável”.

NÚMEROS

Informações preliminares do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) indicam que, em 2023, houve 48 mortes maternas na faixa etária de 15 a 49 anos em Goiás. Até a primeira quinzena de junho de 2024, foram registradas 18 mortes de mulheres grávidas.

No ano passado, foram registrados 91.804 nascidos vivos em Goiás, com uma taxa de óbitos infantis (fetais, neonatais precoces, neonatais tardios e pós-neonatais até 1 ano) de 11,6 por mil nascidos vivos. Neste ano, até junho, essa taxa é de 11,79 por mil nascidos vivos e houve 36.377 nascidos vivos no Estado.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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