O promoter Thayrone Magno, de 30 anos, acusado de agredir a ex-noiva, a arquiteta Anna Helisa Porto, também de 30 anos, foi preso nesta quinta-feira, 9, após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça, que entendeu que a decretação de prisão do indiciado iria garantir a integridade física e psicológica da vítima, já que foi “grave e covardemente agredida pelo requerido”, visto que o homem não respeitou as medidas impostas contra ele. Anna Helisa foi agredida por Thayrone no dia 15 de maio, em Goiânia.
Na ocasião, segundo o documento adquirido pelo Diário do Estado, a arquiteta estava em um carro de transporte de aplicativo e foi perseguida pelo promoter até que uma viatura da Polícia Militar (PM), que conseguiu abordá-lo e o prendeu. Um vídeo gravado pela vítima, inclusive, registrou quando o seu ex deu um tapa no rosto dela. O promoter, porém, foi liberado no mesmo dia durante uma audiência de custódia após pagar uma fiança de R$ 800 e ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
O documento também decretou que a custódia do homem deve ser feita o mais rápido possível, para que seja avaliada a necessidade ou não da custódia preventiva, a partir da oitiva do acusado e da defesa.
“Na audiência de custódia fora concedida liberdade provisória mediante o deferimento de condições cautelares, incluindo o monitoramento eletrônico. No entanto, mais uma vez, no dia 28 de maio, o requerido entrou em contato com a vítima, utilizando-se de aparelho celular de terceiro. Por fim, infere-se que o requerido segue descumprindo decisão judicial ao perseguir a vítima através da rede social Instagram, através do perfil de sua empresa. Evidente o descumprimento reiterado das medidas protetivas impostas contra o requerido”, diz trecho do documento.
Procurada, a advogada Suzana Ferreira da Silva, responsável pela defesa do homem, alegou que o Thayrone foi preso por uma “aberração jurídica, completamente fora da realidade”. Ele disse ainda que trabalha para reverter a decisão que “fere qualquer principio institucional que ele tenha”. Suzana afirma ainda que Thayrone “não fez nada de errado”.
Denúncia
A agressão ocorreu no dia 15 de maio. A arquiteta contou ao DE na época que estava em uma festa e que ele a encontrou no local e ficou a cercando durante a noite. Cansada da situação, Anna disse que decidiu ir embora, mas o ex foi atrás dela e começou a ameaça-la pedindo que ela entrasse no carro dele, até que ela cedeu. Ao saírem de lá, ela disse que foi convencida por ele a passar em outros lugares e acabou indo para um hotel com o homem, onde ela disse que foi coagida a ter relação sexual com ele. Depois disso, a mulher contou que ele dormiu e ela tentou ir embora do local, no entanto, ele acordou e tentou a impedir de sair.