O promotor de Justiça Douglas Chegury encaminhou na semana passada recomendação ao diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, coronel Edson Costa, para que sejam promovidas as medidas necessárias para o desligamento e retirada de todas as fontes de energia, especialmente tomadas elétricas, do interior das celas do Presídio Estadual de Formosa no prazo máximo de 60 dias. Foi recomendado ainda o impedimento da entrada de aparelhos celulares no estabelecimento prisional.
Conforme apontado no documento, em vistoria recente realizada pelo Ministério Público, foi constatada a existência de tomadas e outras fontes de energia no interior das celas, o que permite a recarga dos aparelhos celulares ilegalmente utilizados pelos presos. Assim, segundo argumenta o promotor, a retirada urgente dessas fontes de energia, sobretudo das tomadas, impedirá, ou ao menos dificultará, a utilização de aparelhos celulares pelos detentos.
De acordo com Chegury, apesar de ter sido inaugurado há menos de nove meses, já foram apreendidos mais de cem aparelhos celulares no interior das celas do presídio. Em razão disso, os presos faccionados que cumprem pena na unidade têm comandado, de dentro da cadeia, a prática de crimes em todas as regiões do Estado, inclusive tráfico de drogas, roubos e homicídios, conforme revelam operações desenvolvidas pela Polícia Civil.
Para o promotor, o Estado de Goiás tem se mostrado ineficiente em impedir que tais aparelhos de comunicação sejam utilizados pelos presos, aumentando o nível de insegurança pública a patamares inaceitáveis pela população.
A reestruturação do sistema penitenciário é o tema prioritário de atuação do MP-GO para 2018-2019, definido no Plano Geral de Atuação para o biênio.
Fonte: Agência Brasil