Última atualização 20/10/2022 | 11:21
O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou que a Polícia Federal (PF) instaure inquérito para investigar dois possíveis crimes eleitorais em Goiânia. Um deles tem relação com a Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), enquanto a outra busca investigar a empresa Empório Sete.
A GoiásFomento em Goiânia
No caso da GoiásFomento, o diretor administrativo e financeiro do órgão, Lucas Fernandes Andrade, estaria ameaçando servidores de demissão caso votassem no candidato Lula (PT). O petista disputa o segundo turno da presidência da República contra Jair Bolsonaro (PL). Pessoas que não votassem ou não fizessem campanha eleitoral para o atual presidente também sofreriam ameaças em Goiânia.
A PF também investigará a questão de um servidor que manifestou apoio a Lula. Ele teria recebido uma convocação à sala do diretor com a ordem de colocar uma foto de perfil atestando que ele é eleitor de Bolsonaro. Caso contrário, sofreria a demissão.
Caso se confirme os crimes eleitorais, de acordo com o artigo 300 do Código Eleitoral, a pena prevista é detenção de até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa.
Possível crime na Empório Sete
Por intermédio do promotor eleitoral Haroldo Caetano, do MPE, houve também a solicitação para que se investigue a Empório Sete. A empresa realizou uma promoção de mais de dez rótulos de vinhos a R$ 22 cada, em alusão ao número de Bolsonaro.
Na requisição, o MPE indica a necessária apuração de quais rótulos de vinhos constavam da promoção, com a verificação de suas notas fiscais de compra pela empresa em questão, para a materialização da vantagem indevida oferecida ao eleitorado, em face do preço incomum e baixo para esse tipo de bebida.
Caso se confirme esse outro crime eleitoral em Goiânia, de acordo com o artigo 299 do Código Eleitoral, a pena prevista é reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias de multa.