Promotoria de Justiça de Goianápolis institui formulário para garantir assistência jurídica a presos

A Promotoria de Justiça da comarca, buscando garantir assistência jurídica a presos da Unidade Prisional de Goianápolis, elaborou um formulário para preenchimento pelos reeducandos que estejam necessitando de atendimento jurídico.

A promotora de Justiça Melissa Sanchez Ita explica que depois da suspensão da obrigatoriedade das inspeções presenciais pela Corregedoria-Geral do Ministério Público, devido a pandemia da pandemia da Covid-19, ela passou a realizar as inspeções de forma virtual. Nesses momentos reunia-se com diretor da unidade para verificar problemas pontuais e questões estruturais passíveis de enfrentamento pelo Ministério Público, assim como atendia alguns reeducandos por videoconferência.

Depois da última inspeção virtual, realizada em outubro, a promotora decidiu disponibilizar a todos os presos com execução penal em trâmite na comarca um formulário físico, para que pudessem realizar solicitações ao Ministério Público. Melissa Ita informa que os presos geralmente pedem informações sobre sua situação processual, transferência de unidade ou a verificação do direito a benefícios como, por exemplo, a progressão de regime. 

Ela acrescentou que a importância de o MP realizar esse trabalho, que objetiva resguardar os direitos fundamentais dos presos provisórios e condenados que não têm acesso à assistência judiciária, uma vez que o município não tem defensores públicos atuando no momento. 

Ao todo, foram enviados 10 requerimentos pelos reeducandos. De acordo com o MP, todos eles foram atendidos e a resposta foi encaminhada ao preso pela Promotoria de Justiça.

Foto: Reprodução

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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