Proposta de Ranking da AFA pode beneficiar Boca Juniors e River Plate para Libertadores. Mudanças no futebol argentino até 2025.

Neste novo formato em análise pela Associação de Futebol Argentino (AFA), a proposta de ranking de classificação para Libertadores e Sul-Americana poderia beneficiar clubes tradicionais como Boca Juniors e River Plate, os maiores campeões do futebol argentino, que enfrentaram dificuldades para garantir vaga nas competições em 2024. A ideia é criar um sistema de pontuação desde o início da Liga Profissional, em 2021, que definirá os classificados a partir de 2025.

A possível mudança ainda não foi oficializada, mas o Comitê Executivo da AFA está analisando a proposta. O Campeonato Argentino já terá uma nova cara em 2025, com 30 equipes, dividido em Apertura e Clausura, e sem rebaixamentos. Caso aprovada, a implementação do ranking levará em consideração os resultados das equipes desde 2021 até 2024, porém não foram divulgados detalhes sobre como a pontuação será calculada.

É evidente que a decisão beneficiaria clubes como River Plate e Boca Juniors, que conquistaram títulos recentes e foram destaque em competições internacionais. A criação do ranking consideraria também o desempenho nas disputas continentais, favorecendo equipes como Vélez e Racing. Essa proposta coloca a AFA em destaque no cenário das federações nacionais, adotando um modelo comum em entidades internacionais como Fifa e Conmebol.

Em meio a essa discussão, o futebol argentino enfrenta questões como a disparidade nas premiações entre campeonatos nacionais, como o caso do Vélez Sarsfield, que recebeu um valor consideravelmente menor do que clubes brasileiros. O tema das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) também ganha relevância, com a legislação argentina proibindo esse modelo que é incentivado no Brasil. A polêmica gerou conflitos entre a AFA e o governo, evidenciando uma crise no país.

Por outro lado, o presidente Javier Milei tentou implementar mudanças na economia argentina, incluindo a possibilidade de associações esportivas se tornarem Sociedades Anônimas. A Fifa reagiu a essa interferência governamental, alertando sobre possíveis punições. Enquanto isso, o presidente da AFA, Claudio Tapia, foi reeleito para mais um mandato, garantindo continuidade no comando da federação até 2029. A controvérsia em torno das SAFs continua a movimentar o cenário esportivo na Argentina, revelando um cenário de instabilidade e mudanças em curso.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Foster Gillett busca investir 120 milhões de dólares no Rampla Juniors do Uruguai, rebaixado em 2024, com aprovação de equipe otimizada.

DE busca aporte de 120 milhões de dólares no Rampla Juniors, do Uruguai, com investimento aprovado em equipe rebaixada em 2024

Montevidéu pode ter um novo milionário em 2025. O Rampla Juniors, rebaixado no Campeonato Uruguaio, está na mira do empresário americano Foster Gillett, e já teve a venda do clube aprovada pelos sócios. Gillett planeja investir 120 milhões de dólares no Estudiantes, da Argentina, e tenta mais um clube na América do Sul. Ao contrário do que acontece no futebol argentino, o Uruguai aprova as SAFs há anos, e já possui até mesmo a entrada do Grupo City no país.

Foster Gillett está perto de ter algo próximo de uma rede multiclubes na América do Sul. Os sócios do Rampla Juniors votaram nesta semana e aprovaram a criação da SAD (Sociedade Anônima Desportiva, similar às SAFs do Brasil) no clube uruguaio. Essa não é a primeira participação do empresário americano em clube sul-americano. Ele já assinou um pré-acordo com Juan Sebastián Verón para um investimento de 120 milhões de dólares no Estudiantes, da Argentina.

O modelo de SADs não é permitido pela Associação do Futebol Argentino (AFA), e o clube formará uma sociedade mista com Gillett para receber o dinheiro. No Uruguai, o clube pode virar uma sociedade anônima, o que não seria novidade para o Rampla Juniors ou para o país. Com 110 anos de história, o Rampla Juniors foi campeão nacional apenas uma vez, em 1927. O sucesso não voltou, mas as dívidas chegaram na porta do clube, que foi atrás de investimentos externos no século 21.

Oito anos depois da primeira SAF, o fenômeno tomou uma nova dimensão quando o Torque foi comprado pelo Grupo City. Fundado em 2007, o Torque foi campeão da segunda divisão uruguaia logo após ser adquirido pelo grupo multinacional e disputou a primeira divisão uruguaia pela primeira vez em 2018. Hoje, a equipe está na segundona novamente. Em 2025, o Campeonato Uruguaio terá seis SADs em um total de 16 equipes.

Rebaixado, o Rampla Juniors tentará voltar à elite uruguaia em 2025. Estar na segunda divisão não é algo que afasta Foster Gillett. Nesta semana, os sócios do time aprovaram o investimento com 127 a favor em um total de 157 votantes. A ideia é que a SAD seja de Gillett por 30 anos. Gillett não é novo no mundo do futebol. Seu pai, George Gillett, comprou o Liverpool em 2007, e Foster participou do conselho administrativo do clube inglês. Três anos depois, o americano vendeu o time inglês para os atuais donos, a Fenway Sports Group.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp