Olho na SAF? Proposta de reforma do estatuto do São Paulo busca diminuir resistência a investidores
A Comissão Legislativa do São Paulo recebeu, nesta semana, uma solicitação encaminhada por Julio Casares e Olten Ayres, presidente e presidente do Conselho Deliberativo do clube, respectivamente, de mudanças no Estatuto Social. O principal objetivo é diminuir as dificuldades para que um parceiro invista no Tricolor, como SAF ou em outro modelo de negócio.
Ao ge, Olten Ayres explicou o propósito das mudanças sugeridas por Julio Casares. A solicitação, agora, é avaliada pela Comissão Legislativa antes de ir ao Conselho Deliberativo. Dentro dessa linha das alterações, o importante é deixar o clube em condições, preparado para um eventual investimento. Se a gente não fizer a alteração do quórum, ninguém nem chega no São Paulo, disse o presidente do Conselho Deliberativo.
Atualmente, o Estatuto Social do São Paulo exige que ao menos 75% dos 256 conselheiros digam “sim” a uma possível proposta para transformar o clube em empresa, como SAF, por exemplo. Nestas condições, o Tricolor só poderia estar aberto à possibilidade de se tornar sócio de um investidor se mais de 192 conselheiros aprovassem.
Outro ponto colocado na oferta do São Paulo encaminhada à Comissão Legislativa é o fim da necessidade de quórum qualificado, com 75% de votos favoráveis, também para aprovar uma possível separação entre o clube e o futebol tricolor. Buscar essa separação deve ser o primeiro passo da diretoria do São Paulo se a proposta for adiante e aprovada pelos conselheiros e sócios.
Dei andamento pedindo um parecer da Comissão Legislativa, pedindo alteração do quórum do estatuto para que haja a separação do futebol do social e que haja a eventual conversão do futebol em sociedade empresa. O Estatuto do São Paulo tem um quórum inalcançável de três quartos dos conselheiros para que possa haver a separação do social e a conversão do modelo associativo do futebol para o modelo empresa.
Depois de analisar a proposta, a Comissão Legislativa, caso não encontre nenhuma irregularidade, encaminha o processo ao Conselho Deliberativo para votação. Se aprovada, a reforma estatutária vai à votação em Assembleia Geral entre sócios. A última reforma estatutária do Tricolor foi em 2022, quando os sócios aprovaram a reeleição presidencial no clube. Até então, um presidente só podia ficar no cargo em um mandato de três anos.




