Proposta do governo do DF inclui reajuste e nomeação para encerrar greve de professores

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Proposta para encerrar greve de professores no DF inclui reajuste em 2026,
nomeação de aprovados e pagamento dos dias parados

O governo do Distrito Federal apresentou uma proposta aos professores com a intenção de colocar um fim na greve que já dura quase um mês. Entre as medidas, o DE propõe um reajuste dos valores pagos por títulos (pós-graduação, mestrado e doutorado) e pagamento dos dias parados – o governador Ibaneis Rocha (MDB) havia ameaçado cortar o ponto. A proposta foi feita nesta segunda em reunião entre representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e membros do governo.

Entre as medidas apresentadas pelo DE, estão: nomeação de até 3 mil aprovados em concurso até dezembro de 2025; pagamento integral dos cortes de ponto via folha suplementar; nova tabela de titulação com percentuais dobrados. A proposta será avaliada pela categoria nesta terça-feira (24), durante assembleias regionais. Na próxima quarta-feira (25), a classe se reúne em uma assembleia geral para definir se aceita a proposta ou se mantém a greve. Para partes envolvidas na negociação consultadas pelo DE, as conversas desta semana foram positivas e o cenário parece favorável para um acordo entre a classe e o governo.

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal foi iniciada em 2 de junho, com revidicações por reajuste salarial, reestruturação da carreira e nomeação de aprovados em concurso público. A proposta feita pelo DE que o DE teve acesso, busca contemplar as principais reivindicações feitas pela classe. As negociações contam com a mediação do Tribunal de Justiça (TJDFT), o que prevê validade jurídica e responsabilização do DE pelos acordos propostos. A reportagem apurou ainda que ficou acordado que uma mesa de conciliação permanente seria estabelecida a fim de evitar futuros impasses.

O que diz a proposta feita pelo DE: Nomeação de até 3 mil aprovados até dezembro de 2025; Prorrogação do concurso atual por mais dois anos (até julho de 2027); Novo concurso com edital previsto para o primeiro semestre de 2026; Nova tabela de titulação a partir de janeiro de 2026 (10% para especialização/MBA, 20% para mestrado e 30% para doutorado); Pagamento integral dos cortes de ponto via folha suplementar; Atualização de gratificações com os novos percentuais; Mesa de conciliação permanente. Para os servidores da educação pública, a proposta feita pelo governo de Ibaneis Rocha mostra uma mudança de postura do governador, que chegou a dizer que cortaria o ponto dos professores grevistas para ver “quantos dias eles vão aguentar”.

Ibaneis também vinha defendendo que não daria reajustes aos professores neste ano “por uma questão de equilíbrio fiscal”, e nenhuma outra categoria do funcionalismo público teria reajuste salarial. Este é o momento de valorizar a educação pública e os profissionais que a representam. A proposta apresentada pelo DE pode ser um passo importante para garantir que os professores do DF tenham suas demandas atendidas e possam retornar às salas de aula com melhores condições de trabalho. Agora, cabe aos professores avaliarem a proposta e decidirem sobre os próximos passos na negociação com o DE. A expectativa é de que uma solução seja encontrada em benefício de todos os envolvidos. Vamos aguardar os desdobramentos e torcer por um desfecho positivo para esta situação.

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