Proprietário de Casa Suspeita de Crime Depõe à Polícia sem Comprovantes

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Dono de casa usada por grupo que assassinou ex-delegado depõe à polícia e diz
ter alugado imóvel, mas que não tem comprovantes

Willian Silva Marques, de 36 anos, se apresentou à polícia na madrugada do
domingo (21) e segue preso. Ele é suspeito de participar da execução do
ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

1 de 3 Casa de onde teria saído fuzil que pode ter sido usado no assassinato do
ex-delegado Ruy Ferraz foi o primeiro imóvel a ser investigado — Foto:
Reprodução/TV Globo e Marco Antônio/TV Tribuna

Casa de onde teria saído fuzil que pode ter sido usado no assassinato do
ex-delegado Ruy Ferraz foi o primeiro imóvel a ser investigado — Foto:
Reprodução/TV Globo e Marco Antônio/TV Tribuna

Willian Silva Marques, suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado Ruy
Ferraz Fontes, prestou depoimento ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, nesta segunda-feira (22).

Ele foi preso na madrugada de domingo (21) após se entregar à polícia em São
Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), esta é a quarta
prisão relacionada ao crime.

Willian, de 36 anos, é dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil
que pode ter sido usado no crime e teve a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo no sábado (20).

Segundo a polícia, ele manteve a versão apresentada informalmente pelo advogado,
de que alugou o imóvel para uma pessoa chamada Luiz, mas que não tem
comprovante, contrato nem mensagens de texto que confirmem o que diz.

O suspeito seguirá mantido preso temporariamente (por 30 dias, prorrogáveis por mais 30).

Ruy foi executado na noite de segunda-feira (15), após cumprir expediente como secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande. Além de Willian, Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (Fofão) e Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) foram presos por suspeita de participação no crime.

Outros três investigados foram identificados e estão foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.

Willian é irmão de um policial militar, que já foi ouvido e liberado. Em nota, a
SSP-SP informou que o suspeito se apresentou ao DHPP, na capital paulista,
acompanhado de um advogado na madrugada do domingo (21) e permaneceu preso.

“As forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os
envolvidos no crime”, informou a pasta, dizendo que as diligências prosseguem para esclarecer todas as circunstâncias e responsabilizar os envolvidos.

CASA

A casa de Willian foi o primeiro imóvel a ser investigado por ter ligação com os
criminosos. Ela teria sido usada como base da quadrilha. No local, a perícia encontrou 41 materiais genéticos, incluindo de um policial militar que é irmão do proprietário. No entanto, o agente já prestou depoimento e não é considerado suspeito.

A polícia chegou até a residência na Rua Campos de Jordão, no bairro Jardim
Imperador, após o depoimento de Dahesly. Segundo o Departamento Estadual de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a mulher saiu de Diadema, no ABC
Paulista, para buscar um dos fuzis usados no assassinato de Ruy no imóvel. A
ordem teria sido dada por Luiz Antonio. Os fuzis não foram localizados.

O imóvel tem a fachada totalmente fechada, mas conta com piscina e
churrasqueira, e teria sido usada pela quadrilha por alguns dias. A residência
fica em uma região tranquila da cidade, onde há muitas casas de temporada. O
bairro é um dos últimos antes do limite de Praia Grande com Mongaguá.

Além do imóvel de Willian, uma segunda casa passou a ser investigada pela
Polícia Civil por ter sido usada pelos criminosos. O imóvel fica em Mongaguá e foi periciado.

QUEM SÃO OS SUSPEITOS

2 de 3 Na parte de cima, os foragidos Luis Antonio Rodrigues de Miranda, Felipe
Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza. Na parte de baixo, os
presos Rafael Marcell Dias Simões, Dahesly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos
Batista — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Felipe Avelino da Silva, conhecido no Primeiro Comando da Capital
(PCC) como Mascherano, de 33 anos, teve o DNA encontrado em um dos carros
usados no crime. Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, de 43 anos, é procurado por
suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no
crime. Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, também teve o DNA
encontrado em um dos carros. Willian Silva Marques, de 36 anos, é proprietário da casa apontada
como base dos criminosos em Praia Grande. Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, foi detida na quinta-feira (18)
por suspeita de ser a mulher que foi buscar o fuzil usado no crime na Baixada
Santista. Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, de 38 anos, foi
preso na sexta-feira (19) em São Vicente (SP), por ser suspeito de participar da logística da execução de Ruy Ferraz Fontes. Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, de 42 anos, foi
preso na madrugada de sábado (20) após se entregar no DP Sede de São Vicente,
por ser suspeito de participar do assassinato.

CRIME

O assassinato de Ruy Ferraz Fontes ocorreu momentos após ele cumprir expediente
na Prefeitura de Praia Grande como secretário de Administração. Ele estava
aposentado da Polícia Civil.

Câmeras flagraram o momento em que três criminosos portando fuzis desembarcam de
uma caminhonete, que estava logo atrás do carro de Ruy Ferraz, e atiram contra o
ex-delegado.

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