O protagonismo da segurança pública nas últimas semanas, ao qual foi atribuída a estagnação do presidente Lula nas pesquisas depois de meses de crescimento, reacendeu o debate em torno de quão suficiente é a economia para garantir boa aprovação e votos. Com indicadores econômicos positivos, o petista vinha recuperando o fôlego depois da crise que vivenciou no começo do ano, mas agora precisa lidar com um tema que não costuma ser central no dia a dia presidencial. É consenso entre analistas que, de uns tempos para cá, discussões alheias à economia passaram a aparecer com mais frequência em campanhas nacionais. Há dúvidas, contudo, quanto ao potencial desses temas de substituir a economia como principal motor de candidatos vitoriosos e presidentes bem avaliados. Cunhado na década de 1990 por James Carville, estrategista do democrata americano Bill Clinton, o bordão “É a economia, estúpido!” virou uma máxima da política mundial desde então.




