Protesto contra reforma da previdência espera 800 pessoas para concentração

Será realizado nessa sexta-feira, 16, um ato pacífico para protestar contra a aprovação da reforma previdenciária e a favor à valorização do serviço público. O ato será realizado pelos representantes de mais de quinze categorias que integram a Frente dos Servidores Federais em Goiás (FSF-GO) e a União dos Policiais do Brasil-Goiás, com expectativa de 800 pessoas.

A concentração do ato, será às 8 horas na porta da Assembleia Legislativa de Goiás. O grupo de servidores públicos federais vai seguir em caminhada até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, onde haverá panfletagem e adesivaço nos carros. No local, líderes classistas vão se revezar em um carro de som para protestar contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer.

Rogério Silva, presidente dos auditores fiscais do trabalho em Goiás, afirma que um dos pontos principais à serem abordados no protesto é que o assunto não foi discutido com a sociedade, apesar ser de ser um assunto que afeta à todos os trabalhadores diretamente. “A forma como foi apresentada vai prejudicar e muito todos os trabalhadores, não só os servidores públicos. Teremos quase uma barreira para a aposentadoria por conta desses 65 anos de idade mínima”, afirma.

Rogério ressalta também que a única diferença entre os servidores públicos e os trabalhadores da iniciativa privada é que eles continuam pagando um percentual fixo de 11% sob o total da remuneração. ” O servidor que entrou à partir de 2013 não tem mais a remuneração de aposentadoria igual o salário, pois passaram para o regime do INSS”, esclarece.

O presidente afirma ainda que “governo partiu para um confronto, por colocar o servidor público como responsável pela falência do setor previdenciário. Mas os números mostram que a previdência é superavitária, não tem déficit. O que acontece é que o governo tira 30% das contribuições pra usar em outras contas, pra pagar outras dívidas”.

Paulo Afonso Silva, presidente do SinPRF-GO e um dos representantes da FSF-GO, encara o protesto como uma oportunidade para esclarecer o que realmente está sendo proposto. “Será uma oportunidade de mostrar ao povo as mentiras que o governo Temer está contando. Não existe excesso de servidor no Brasil, muito pelo contrário, há uma enorme defasagem em todas as áreas”, declara.

O projeto ainda não foi aprovado e deve ser pautado para votação ainda este mês. Além desse protesto, na próxima semana deve ocorrer uma grande concentração em Brasília, reunindo servidores também de outros estados.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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