A Organização Não Governamental (ONG) Rio de Paz realizou, no último sábado, um protesto na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, em repúdio à retirada das fotos de 49 crianças vítimas de mortes violentas na cidade. O mural, que havia sido montado anteriormente, foi arrancado pela prefeitura, gerando revolta em parentes e amigos dos pequenos. O ato teve o intuito de reivindicar o retorno das imagens, honrar a memória das vítimas e exigir medidas efetivas do governo estadual para combater a violência nas comunidades mais pobres da região metropolitana.
De acordo com a ONG, o prefeito Eduardo Paes ordenou a retirada das fotos sem prévio aviso, causando indignação nos familiares das crianças. Antonio Carlos Costa, fundador da organização, destacou a importância de manter visível a gravidade da situação, denunciando a face mais cruel da criminalidade na cidade. O protesto teve como principal foco pressionar as autoridades a agirem de forma eficaz para conter a violência que assola as comunidades do Rio de Janeiro.
A intervenção da prefeitura na retirada das imagens causou polêmica, levantando discussões sobre o uso do espaço público para manifestações em homenagem às vítimas da violência. O poder municipal alegou não ter sido consultado previamente pelos organizadores do mural, justificando a remoção do material. Contudo, a sociedade civil e entidades de direitos humanos ressaltam a importância de manter viva a memória das crianças que perderam suas vidas de forma trágica.
Além do protesto da ONG Rio de Paz, um movimento em homenagem aos policiais militares mortos também está instalado no local, despertando reflexões sobre a complexidade da segurança pública no Rio de Janeiro. A prefeitura avalia a permanência desse memorial, assim como a possibilidade de retirada, evidenciando a tensão em torno das manifestações que buscam chamar atenção para a violência que assola a cidade.
A retirada das fotos das crianças vítimas da violência gerou repercussão nas redes sociais e na imprensa, mobilizando a sociedade em prol da reivindicação do retorno das imagens ao local. Através de manifestações como essa, busca-se sensibilizar a opinião pública e as autoridades sobre a urgência de medidas efetivas para garantir a segurança e a proteção das crianças e jovens nas comunidades mais vulneráveis do Rio de Janeiro.
A ONG Rio de Paz denuncia a falta de segurança e a impunidade que permeiam as mortes violentas de crianças no estado, revelando a vulnerabilidade e o descaso das autoridades diante dessa realidade. A sociedade civil organizada cobra respostas e ações concretas dos governantes para frear o ciclo de violência que ceifa vidas inocentes, como a de Diego Vieira Fontes, de apenas 4 anos, vítima fatal da criminalidade. O protesto na Lagoa Rodrigo de Freitas permanece como um grito de resistência e de esperança por um futuro mais justo e seguro para todos.