Moradores da Favela do Moinho, localizada no Bom Retiro, região central de São Paulo, promoveram nesta tarde de sexta-feira (18) um protesto contra as operações da Polícia Militar na área. A comunidade tem sido alvo constante de incursões nos últimos dias, tornando-se o centro das atenções após o anúncio do Governador Tarcísio de Freitas de transferir a sede do Governo do Estado para o centro da capital.

Segundo informações apuradas pela CNN, o Governo Tarcísio intensificou o processo de remoção das famílias da Favela do Moinho, visando transformar a área em um parque urbano. O Ministério Público classificou o local como um “bunker” de abastecimento da Cracolândia, o que tem gerado controvérsias na região.

Em meio às ações do Governo, o ex-ouvidor da Polícia de São Paulo, Claudio Silva, denunciou que as autoridades têm feito um “terrorismo” com as famílias da Favela do Moinho, insistindo em não reconhecer os moradores de bem que ali residem. Essa situação tem intensificado o clima de tensão na comunidade.

Durante o protesto, os moradores atearam fogo em móveis e montaram barricadas nas ruas e nos trilhos do trem, causando impacto no transporte público. As linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM chegaram a ser paralisadas, porém foram normalizadas por volta das 15h44.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública não se pronunciou sobre a situação na Favela do Moinho. As ações do Governo e da Polícia Militar continuam gerando polêmica e mobilizando a comunidade local, que busca preservar seu espaço e direitos diante das operações de remoção e transformação da área em um parque urbano. Essa questão está longe de ser resolvida e promete seguir em destaque nos próximos dias na região central de São Paulo.