Protesto em Copacabana pede anistia para condenados por atos golpistas: mobilização nacional liderada por apoiadores de Bolsonaro e pastor Silas Malafaia.

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Apoiadores de Bolsonaro protestam em Copacabana e pedem anistia para condenados
por atos golpistas

Convocado por lideranças religiosas, incluindo o pastor Silas Malafaia, protesto
defende a liberdade e critica o que classificam como perseguição política.
Mobilização ocorre em várias capitais.

1 de 7 Manifestação reúne grupos de direita em Copacabana — Foto:
Reprodução/Redes sociais

Um ato organizado por movimentos de direita acontece na manhã deste domingo (7)
na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O protesto é realizado em favor da
liberdade e contra a perseguição política, segundo os organizadores.

Os manifestantes pedem anistia para condenados por atos golpistas e levaram
cartazes com mensagens de apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

A abertura do ato foi marcada pela execução do Hino Nacional, e o primeiro a
discursar foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A manifestação foi convocada pelo pastor Silas Malafaia
[https://de.de.de/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/20/quem-e-o-pastor-silas-malafaia.ghtml],
líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), e por outras
representações religiosas. O evento faz parte de uma mobilização nacional, com
atos previstos em diferentes capitais do país.

No Rio de Janeiro, a concentração começou antes das 11h, na faixa de areia de
Copacabana, na altura do Posto 5.

Equipes da CET-Rio e da Polícia Militar acompanham a movimentação, e o trânsito
na região pode sofrer alterações ao longo da manhã. A recomendação é que
motoristas evitem a Avenida Atlântica durante o horário do evento.

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em Copacabana
[https://s02.video.glbimg.com/x240/13907873.jpg]

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em Copacabana

2 de 7 Manifestação reúne grupos de direita em Copacabana — Foto:
Reprodução/Redes sociais

Na última terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar
Bolsonaro e mais sete réus pela tentativa de golpe de Estado após a eleição de
2022. O julgamento deve ser concluído até a próxima sexta (12).

Bolsonaro está em prisão domiciliar por violar medidas restritivas impostas
anteriormente. Se for condenado, pode pegar até 43 anos de prisão. Ele também
está inelegível, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por
abuso de poder político.

Em paralelo, ganhou força na Câmara dos Deputados a discussão sobre a
possibilidade de votar uma anistia para condenados por crimes contra a
democracia.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sob pressão dos
aliados de Bolsonaro, mas ainda não colocou em votação qualquer projeto com essa
finalidade.

O PL, partido de Bolsonaro, é o principal interessado, e o Centrão também está
endossando a medida. A aliança formada por União Brasil e PP, que tem maior
bancada na Câmara, anunciou o desembarque do governo Lula recentemente para
aderir à campanha da anistia.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, esteve em
Brasília para tentar convencer Motta a colocar o tema em votação.

Não se sabe ainda qual texto seria votado. Um dos pontos em discussão é o
alcance da possível anistia: se ela valeria apenas para quem já foi condenado
pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 ou se alcançaria também o
ex-presidente e seus aliados que estão sendo julgados no STF.

Aliados mais próximos de Bolsonaro querem uma anistia geral. O Senado discute
uma proposta alternativa que exclui o ex-presidente e reduz penas de golpistas
condenados, sem que haja a anulação.

O governo é contra votar qualquer proposta de anistia, e o presidente Lula pediu
mobilização social para barrá-la.

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