Moradores do bairro de São Marcos, em Salvador, se mobilizaram em um protesto após a trágica morte do adolescente Caíque dos Santos Reis, de apenas 16 anos. Caíque era um estudante, barbeiro e estava prestes a iniciar um novo emprego como atendente de confeiteiro na segunda-feira. A ação policial que resultou na morte do jovem aconteceu no domingo, desencadeando a revolta dos residentes locais, que exigiram por justiça durante o protesto. O cenário era de comoção e revolta diante da perda precoce de um jovem com toda uma vida pela frente.
Diante do ocorrido, os moradores organizaram o protesto que se estendeu até o início da noite. A mobilização foi tamanha que os ônibus que circulam pela região precisaram interromper o serviço temporariamente. Com cartazes e queimando entulhos, os moradores expressaram sua indignação e clamaram por respostas sobre a morte de Caíque. O clima era de tensão e tristeza, com comerciantes locais fechando as portas em solidariedade ao movimento.
Apesar da paralisação temporária dos ônibus no bairro, o trânsito não foi bloqueado, mas seguia lento devido à presença dos manifestantes. A polícia reforçou a segurança na região, buscando evitar possíveis conflitos durante o protesto. Enquanto isso, a família e vizinhos de Caíque lamentavam a perda de um jovem que, segundo relatos, não tinha envolvimento com atividades criminosas, mas acabou sendo vítima de uma trágica ação policial.
A mãe de Caíque, Joselita dos Santos Cruz, em entrevista à TV Bahia, relatou que o adolescente teria seguido as ordens da polícia e mesmo assim foi baleado. Ela enfatizou que o jovem não tinha histórico criminal e foi injustamente associado a práticas ilícitas. O relato de testemunhas também contradisse a versão policial, alegando que Caíque foi vítima de um disparo injustificado, aumentando a revolta da comunidade presente no protesto.
O posicionamento da Polícia Militar sobre o caso indicou que Caíque teria sido morto durante um confronto armado com os agentes. A corporação destacou que também outro homem foi baleado e faleceu em decorrência dos ferimentos. Esse episódio gerou uma onda de indignação e revolta entre os moradores do bairro, que clamavam por justiça e repúdio à violência policial. A comoção pela morte do jovem evidenciou a necessidade de investigações transparentes e imparciais para esclarecer os fatos e responsabilidades.