Protesto na BR-101 interdita rodovia em Cabo de Santo Agostinho

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Manifestantes tocam fogo em pneus e interditam PE-60 no Cabo de Santo Agostinho

Protesto pede agilidade nas investigações da morte de homem morto no desfile do Galo da Madrugada. João Amâncio Neto levou tiro no sábado de carnaval, após amigo esbarrar em mulher na saída do bloco.

Protesto interdita rodovia PE-60 provocando grande engarrafamento no Cabo de Santo Agostinho.

Um protesto na manhã desta sexta (4) interditou os dois sentidos da pista da BR-101, no Km 96, na altura do Cabo de Santo Agostinho. Por volta das 5h30, pessoas fecharam a rodovia e tocaram foco em entulhos e pneus (veja vídeo acima). A manifestação pede rapidez nas investigações da morte de João Amâncio Neto – que foi assassinado no sábado de carnaval, após o desfile do Galo da Madrugada, no Recife.

Por volta das 7h30 uma faixa da rodovia, no sentido de quem vai para o Litoral Sul, foi liberada, mas a abertura permitiu a passagem de apenas um veículo por vez – o que manteve o engarrafamento por vários quilômetros da estrada. Perto das 8h15, os manifestantes deixaram o local, mas o fogo nos pneus ainda impedia o tráfego nos dois sentidos da estrada.

Alguns manifestantes carregam faixas com os dizeres “Justiça por João Amâncio”. Ele tinha 32 anos e foi morto com um tiro no dia 2 de março por um homem que, segundo testemunhas, seria policial militar reformado. O crime aconteceu na Av. Sul, perto do túnel de acesso ao bairro do Cabanga, na Zona Sul do Recife.

Um amigo de João Amâncio teria esbarrado numa mulher, que não conhecia, e reagiu com irritação. Amâncio teria interferido na situação e, em seguida, o companheiro da mulher disparou contra ele. Ele foi levado para o Hospital da Restauração, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

João Amancio Neto era natural do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, cidade onde cresceu e viveu, sempre na mesma vizinhança. Morava com a esposa e os dois filhos, um menino de 4 anos e outro de 12 anos.

O protesto na BR-101 causa um grande engarrafamento no local. Alguns motociclistas tentam seguir pelo acostamento, para ultrapassar o bloqueio.

A TV Globo entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social (SDS), em busca de mais informações sobre o protesto e sobre as investigações do caso, mas até a última atualização dessa reportagem não obteve retorno.

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