Muros da sede social do Corinthians foram pichados com mensagens em meio a um protesto às vésperas da votação do pedido de impeachment de Augusto Melo. Nesta quinta-feira, está agendada a decisão dos conselheiros sobre a destituição ou continuidade do presidente do clube. As pichações no local faziam referência ao que a situação consideraria como um possível movimento contra o atual presidente, além de ofensas a figuras como o ex-presidente Andrés Sanchez e o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr, responsável pela convocação da reunião que irá determinar o futuro de Augusto Melo.
O pedido de impeachment de Augusto Melo é resultado de uma investigação na Comissão de Ética do clube para apurar o contrato de patrocínio com a VaideBet. Recentemente, o Conselho de Orientação do Corinthians recomendou, unanimemente, a aprovação do impeachment do presidente. Os conselheiros sugeriram, anteriormente, a suspensão do processo até a conclusão do inquérito policial sobre possíveis irregularidades no contrato.
A Comissão de Ética do Corinthians alertou sobre o risco de injustiça caso decisões sejam tomadas antes do encerramento das investigações da Polícia Civil, iniciadas em maio. Em meio a esse cenário, Augusto Melo segue confiante em contratações, como a de Hugo Souza, apesar de dificuldades com clubes adversários. O impeachment, embora recomendado para suspensão, foi levado à votação pelo Conselho Deliberativo, sob responsabilidade de Romeu Tuma Jr.
Augusto Melo, que assumiu a presidência no início do ano com mandato até 31 de dezembro de 2026, vê seu futuro no clube incerto diante dos desdobramentos do processo de impeachment. Os eventos que culminaram nas pichações nos muros do Parque São Jorge refletem a tensão e polarização política no Corinthians, evidenciando a expectativa em torno das decisões que serão tomadas nos próximos dias. O desfecho desse episódio poderá influenciar não apenas a gestão do clube, mas também as relações internas e o futuro do futebol corintiano.