Protesto no Morro do Gambá após operação da Light gera tensão na Zona Norte do Rio

Após a realização de uma operação contra furtos de energia no Morro do Gambá, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro, os moradores da comunidade se mobilizaram em um protesto nesta segunda-feira (13). A ação foi realizada pela Light, que fez a retirada de ligações clandestinas na região. No entanto, os moradores alegam que a determinação para o corte de energia teria partido da Marinha, que está presente no acesso da comunidade com tanques há aproximadamente um mês. Além disso, afirmam que não foram comunicados previamente sobre a decisão de corte.

A comunidade do Morro do Gambá é apontada pela polícia como o local de onde teria partido o tiro que resultou na morte da capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes de Souza e Mello, atingida dentro do hospital naval Marcílio Dias. Esse episódio trouxe uma maior atenção para a região, que já vinha sendo alvo de operações de segurança. No entanto, os moradores alegam que a decisão de corte de energia não foi justificada de forma adequada e que eles não foram informados sobre as razões que levaram a essa medida.

A Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região, justificou a operação como uma forma de evitar acidentes que poderiam colocar a população em risco. A presença de ligações clandestinas representa um perigo tanto do ponto de vista de segurança quanto de qualidade do serviço prestado. No entanto, a falta de comunicação prévia e a suspeita de que a determinação para o corte teria partido de outro órgão, no caso a Marinha, geraram insatisfação entre os moradores.

Diante desse cenário, o protesto dos moradores do Complexo do Lins se tornou um reflexo da tensão existente na região, que enfrenta desafios tanto no campo da segurança pública quanto no acesso a serviços básicos. A falta de diálogo e transparência na tomada de decisões por parte das autoridades locais contribui para o aumento do descontentamento e da sensação de vulnerabilidade por parte da comunidade. É fundamental que haja um esforço conjunto entre todos os envolvidos para buscar soluções que atendam às necessidades e demandas dos moradores, garantindo assim uma convivência mais harmoniosa e segura para todos.

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