Prouni abre inscrições nessa quarta-feira (23); saiba como participar

A partir desta quarta-feira (23), estudantes tem até o fim da semana – na sexta (25) – para fazer inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni). O programa é direcionado para os estudantes de baixa renda que não podem arcar com os custos de uma universidade particular. As bolsas oferecidas podem ser de 50 a 100%, dependendo de alguns critérios que você verá a seguir.

Nesse semestre, 273 mil bolsas foram liberadas pelo programa e cerca de 1.085 instituições participam espalhados pelo Brasil. A inscrição deve ser feita no portal Prouni, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), usando as credenciais registradas na conta Gov.br e o resultado da primeira chamada estará disponível no dia 02 de março.

Quem pode participar do Prouni?

As regras para participação do programa são:

– Ter estudado o ensino médio inteiro em escola pública, ou privada tendo bolsa integral
– Pessoas com deficiência (que estudaram em qualquer escola)
– Quem fez o Enem 2020/2021 com média acima de 450 e não zerou a redação

Obs.: Estudantes de instituições particulares (sem bolsa) também podem se cadastrar no ProUni mas não são prioridades no programa

Bolsa parcial e integral (50% e 100%)

O desconto de 50% é oferecido aos alunos com uma renda máxima per capita de até três salários mínimos. Por sua vez, a bolsa integral de 100%, é concedida aos alunos que possuem renda de 1,5 salário mínimo por pessoa.

Além disso, os estudantes que conseguirem apenas 50% da bolsa no Prouni, podem aderir posteriormente ao FIES, o programa de financiamento para alunos de universidades particulares no Brasil.

Veja o cronograma completo do Prouni

Primeira chamada: 2 de março

Comprovação de informações: 3 a 14 de março

Segunda chamada: 21 de março.

Comprovação de informações: 21 a 29 de março.

Lista de espera: 4 e 5 de abril.

Resultado: 7 de abril.

Comprovação de informações: 8 a 13 de abril.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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