Próxima pandemia pode ser motivada por desmatamento na Amazônia

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Uma série de fatores apontados por cientistas indicam que a Amazônia brasileira pode ser o berço para o surgimento do vírus causador da próxima pandemia. A possibilidade fez o Ministério da Saúde considerar a melhoria da vigilância das doenças transmitidas de animais para humanos chamadas zoonóticas com a criação de um grupo formado por especialistas.

 

“O potencial para novos vírus é enorme. As pessoas estão apostando que a próxima pandemia virá do Brasil”, afirmou a integrante de uma rede nacional de documentação de patógenos transmitidos por morcegos e outros animais (Previr), Erika Hingst-Zaher.

 

De acordo com um mapa com análise de dados da agência de notícias britânica Reuters, a Amazônia tem 75% das condições ambientais presentes no Brasil verificadas em 95 locais no mundo com registro de infecção de vírus de morcegos em humanos entre 2022 e 2020. O desmatamento no País é considerado um dos potencializadores para o desdobramento de uma pandemia.

 

Os cientistas apontam que o desconhecimento da biodiversidade na região amazônica, principalmente relacionado aos morcegos, somado ao baixo financiamento de pesquisas deve causar um estopim com repercussão de efeitos mundial. O Brasil abriga o terceiro maior número desses mamíferos no planeta.

 

A proximidade do ser humano com os morcegos é ameaçadora porque o animal é hospedeiro de vírus mortais, como os conhecidos coronavírus e hantavírus.  O receio é de que outros micro-organismos ainda desconhecidos da ciência possam ser transmitidos. A grande extensão territorial brasileira também seria um aspecto favorável para a disseminação e exportação de um patógeno. 

 

Conforme estimativa da Reuters,  um vírus originado no Brasil poderia infectar mais pessoas que o novo coronavírus matou durante a pandemia de covid. A projeção é que 1,2 bilhão de seres humanos seriam infectados em decorrência do provável novo micro-organismo (a emergência mundial decretada há três anos registrou 10,5 milhões de casos). Ele se espalharia principalmente pela Rodovia Transamazônica por onde são transportados madeira e minérios, por exemplo.

 

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Homem sob efeito de drogas mata jovem por engano em ataque de ciúmes na Bahia

O estudante de educação física Kauan Gomes, de 20 anos, morreu na última terça-feira, 17, após passar quatro dias internado em Feira de Santana, na Bahia. Ele foi atingido por um disparo na cabeça na sexta-feira, 13, enquanto estava em um carro com a mãe e uma amiga, a caminho da academia.

De acordo com a Polícia Civil, o tiro foi disparado por engano por um homem que estava em um veículo preto. O suspeito, sob efeito de álcool e drogas, perseguia um carro branco acreditando que sua companheira, com quem havia discutido, estivesse no veículo.

Segundo o delegado Gustavo Coutinho, da Delegacia de Homicídios, o crime foi motivado por ciúmes. Na noite anterior, o casal havia passado horas em um bar na Avenida Francisco Fraga Maia, em Feira de Santana. Na manhã seguinte, após uma discussão, a mulher deixou o local pegando carona em um carro branco. Convencido de que ela estava fugindo com outro homem, o suspeito iniciou a perseguição armado com um revólver.

Durante a ação, o homem disparou para o alto e, em seguida, contra o carro em que Kauan estava, atingindo-o fatalmente. Após cometer o crime, o suspeito e um cúmplice fugiram para a cidade de Pé de Serra e, mais tarde, retornaram a Feira de Santana. No retorno, ameaçaram e agrediram a mulher para que ela não denunciasse o ocorrido.

O motorista do carro preto já foi interrogado, mas o autor do disparo segue foragido. Segundo a delegada Lorena Almeida, titular da 2ª Delegacia Territorial, o homem tem um histórico de crimes, incluindo tráfico de drogas, roubo e violência doméstica. A polícia solicitou a prisão preventiva dos envolvidos e apreendeu o veículo utilizado no crime, assim como o revólver, que passará por perícia.

Equipes policiais seguem investigando o caso, analisando imagens de câmeras de segurança e colhendo depoimentos de testemunhas.

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