Próximo sorteio da Mega-Sena oferece prêmio de R$ 8,5 milhões: aposte agora!

A Mega-Sena [https://www.DE.com/tag/mega-sena] acumulou mais uma vez e o prêmio vai a R$ 8,5 milhões para o próximo sorteio. Neste sábado (4/1), nenhum apostador acertou as seis dezenas sorteadas no concurso de nº 2.812 da Caixa Econômica Federal. Os números sorteados foram: 08 – 27 – 36 – 37 – 39 – 45. O próximo sorteio da Mega acontecerá na terça-feira (7/1) no Espaço da Sorte, em São Paulo. As apostas podem ser realizadas em qualquer casa lotérica ou através do aplicativo Loterias Caixa, além do site de loterias da Caixa.

De acordo com a Caixa, 24 apostas acertaram cinco dezenas e ganharão R$ 85.719,03 cada. Além disso, 2.225 bilhetes acertaram quatro números e vão receber R$ 1.320,87 cada um. A aposta mínima da Mega-Sena custa R$ 5 e para jogar é necessário ter mais de 18 anos. Além da Mega-Sena, a Caixa também sorteou os números da +Milionária, Dia de Sorte, Quina, Timemania e Lotofácil neste sábado.

Não deixe de conferir outras notícias [https://www.DE.com/distrito-federal] relacionadas à Mega-Sena, como as lotéricas que mais premiaram os brasilienses este ano. Além disso, fique por dentro dos últimos acontecimentos da Mega-Sena [https://www.DE.com/brasil], como os concursos acumulados e os prêmios milionários. No último sorteio, duas apostas do DF acertaram a quina e levaram para casa R$ 42 mil cada.

Ainda há tempo para fazer sua aposta e concorrer ao prêmio de R$ 8,5 milhões no próximo concurso da Mega-Sena. Não perca a chance de se tornar o próximo milionário e participe do sorteio que acontecerá na terça-feira. Aproveite para acompanhar as novidades do Metrópoles no Telegram [https://t.me/metropolesurgente] e fique por dentro de tudo o que acontece!

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A espetacularização da dor nas redes sociais: o preço da exposição e validação social

A banalização da dor e o preço da validação nas redes sociais

A cultura da espetacularização: tudo por uma curtida, tudo por uma visualização nas redes sociais
Vivemos em tempos nos quais as redes sociais, outrora ferramentas de conexão e expressão, transformaram-se em arenas de espetacularização da vida. No cenário atual, qualquer aspecto da experiência humana – por mais íntimo, trágico ou sagrado que seja – corre o risco de ser reduzido a conteúdo, enquadrado em molduras de engajamento. A recente exposição pública do feto expelido por Maíra Cardi após um aborto espontâneo, feita por Thiago Nigro, o “primo rico”, é um caso que escancara a profundidade dessa crise. Mais do que um fato isolado, o episódio reflete um sintoma de uma sociedade que, em busca de curtidas e visualizações, banaliza a dor e ressignifica a intimidade como espetáculo.

A decisão de compartilhar imagens tão íntimas e dolorosas revela a distorção dos limites éticos na lógica do “vale tudo” das redes sociais. Em uma sociedade hiperconectada, onde a validação externa se tornou uma moeda de troca emocional e social, a experiência do luto – um processo naturalmente íntimo e subjetivo – foi transformada em performance pública. O que antes era um espaço de resguardo e acolhimento, agora é vendido como narrativa motivacional ou inspiração para seguidores. Ao expor um feto expelido, a escolha de Nigro não apenas transformou um momento de dor em conteúdo, mas o inseriu em um ciclo que normaliza a espetacularização do trauma.

O problema não é apenas individual; é estrutural. Redes sociais, como Instagram e TikTok, alimentam e lucram com essa lógica. O algoritmo prioriza aquilo que provoca reação – seja ela de admiração, choque ou revolta. Emoções intensas geram engajamento, e engajamento gera lucro. Assim, situações como a de Nigro se tornam quase previsíveis em um ambiente onde a recompensa imediata, em forma de curtidas e seguidores, parece justificar qualquer transgressão. Porém, ao transformar tragédias pessoais em capital simbólico, o que realmente perdemos é a dimensão humana de nossa existência.

A espetacularização da intimidade não é neutra. Ela impacta diretamente a forma como nos relacionamos com o outro, com nós mesmos e com nossas próprias dores. Em vez de permitir que momentos de fragilidade humana sejam vividos com respeito e dignidade, a exposição midiática os transforma em conteúdos de consumo rápido. Neste caso, o corpo do feto – um símbolo de vulnerabilidade e perda – foi usado como ferramenta narrativa, instrumentalizado para reforçar uma ideia de superação e fé, enquanto a complexidade do luto foi eclipsada pela ânsia de engajamento.

Há ainda uma dimensão ética e social nesse episódio que não pode ser ignorada. A exibição de imagens como essas sem o devido cuidado dialoga com o embrutecimento das sensibilidades coletivas. Em uma era na qual o horror e a dor circulam livremente nas timelines, há um efeito colateral perigoso: a dessensibilização. Expor publicamente algo tão visceral contribui para banalizar a dor do outro, transformando-a em mero espetáculo. O respeito pelo luto e pela intimidade parece sucumbir à lógica da viralização.

Esse caso também levanta questões sobre as dinâmicas de poder e privilégio na construção dessas narrativas. A posição de figuras públicas como Thiago Nigro e Maíra Cardi garante que suas exposições alcancem milhões de pessoas, impactando o debate público sobre temas delicados como o aborto espontâneo. No entanto, ao optarem por uma abordagem centrada na autopromoção, perdem a oportunidade de usar suas plataformas para gerar empatia e conscientização genuína. Em vez disso, reforçam a lógica do marketing pessoal acima de qualquer valor humano.

O episódio exige reflexão urgente: qual é o limite? Até onde estamos dispostos a ir por curtidas, por relevância, por cliques? Em que momento a vida – com toda sua complexidade, dor e beleza – se tornou mero material bruto para alimentar o monstro insaciável das redes sociais? Estamos, como sociedade, adoecendo ao transformar nossa intimidade em moeda de troca, ao transformar momentos de vulnerabilidade em bens de consumo.

Não se trata de demonizar as redes sociais, mas de reconhecer que estamos perdendo nossa capacidade de discernir o que deve ser compartilhado e o que deve ser preservado. Na busca incessante por aprovação externa, o que deixamos para nós mesmos? A exposição do feto não é apenas um ato de insensibilidade; é um alerta sobre o caminho que estamos trilhando. Um caminho onde tudo – absolutamente tudo – pode ser transformado em conteúdo, desde que haja público para consumir.

Precisamos reavaliar a ética da exposição e retomar o respeito pelo íntimo, pelo humano. É urgente recuperar a dignidade do silêncio e do não compartilhamento, resgatando o valor do que não pode ser transformado em espetáculo. Enquanto continuarmos aplaudindo e consumindo episódios como esse, permaneceremos cúmplices de uma lógica que, no fundo, nos desumaniza a todos. Afinal, o que sobra de nossa humanidade quando tudo é conteúdo?

Eu sinto profundamente pelo aborto ocorrido. E sinto ainda mais pela exposição lamentável que transformou um momento de dor em espetáculo.

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