PRP oferece presidência, autonomia e 100% do horário eleitoral para Kajuru

Kajuru havia anunciado deixar a legenda depois da filiação de Anthony Garotinho
O vereador Jorge Kajuru volta atrás e decide permanecer no PRP após ser convidado a assumir a presidência do diretório estadual. O que garante benefícios à sua candidatura ao Senado como 100% do horário eleitoral de rádio e TV e a escolha de seus suplentes. A informação foi divulgada oficialmente pelo parlamentar por meio de nota à imprensa na manhã de ontem. Na última terça-feira, 27, Kajuru disse que sairia do partido durante sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia, alegando ter sido traído pela cúpula do partido que aceitou a filiação de Anthony Garotinho.
Além disso, a direção nacional do partido “ofereceu a liberdade total de não conviver com Garotinho”. Após declarar que sairia do PRP, Kajuru recebeu convites de filiação em quatro partidos. “O primeiro a me ligar foi o Caiado. Depois o Daniel, o Ciro Gomes e o ministro Alexandre Baldy”, relatou. Apesar das propostas e dos convites de filiação a outros partidos, o vereador diz que só vai decidirá seu futuro na segunda-feira, 2.
Em pré-campanha para o Senado, Kajuru afirma que está sendo sabotado e boicotado por equipe da Senadora Lúcia Vânia, que tem pautado ações no interior do Estado baseado na agenda política do parlamentar. “Eles acompanham minha agenda pelas redes sociais e vão na frente, de jatinho do governo, na tentativa de tirar meus votos. Isso é desespero, porque Goiás só tem duas vagas no Senado, e eu estou com 42% das intenções de voto”, finalizou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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