PSD lidera eleições municipais de 2024 com mais prefeitos eleitos

O Partido Social Democrático (PSD) consolidou sua posição como o partido com o maior número de prefeitos eleitos nas eleições municipais de 2024. Com a conclusão das apurações do 2º turno, o PSD confirmou a liderança que já havia conquistado no 1º turno, elegendo 887 prefeitos em todo o país.
 
Essa liderança é fruto de um crescimento constante desde a fundação do partido em 2011 por Gilberto Kassab. Em 2012, o PSD venceu em 492 municípios, e agora, 12 anos depois, o número quase dobrou, chegando a 887 prefeitos. Isso representa um aumento de 231 prefeitos em relação às eleições de 2020, uma alta de 35%.
 
O PSD desbancou o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que liderava o país em número de prefeitos eleitos nos últimos 20 anos. O MDB, que elegeu 856 prefeitos, e o Partido Progressista (PP), com 747 prefeitos, ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
 
Por região, o desempenho do PSD foi destacado. No Sudeste, o partido saltou da 4ª posição em 2020 para a liderança, elegendo 354 prefeitos, um aumento de 200 em relação às eleições anteriores. No Sul, o PSD obteve 217 prefeituras, superando as 177 conquistadas em 2020.
 
O PSD também se destacou nas capitais. A sigla vai comandar as prefeituras do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte a partir de 2025. Em São Paulo, o PSD fez parte da coligação vitoriosa que reelegeu Ricardo Nunes, do MDB.
 
O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentou desafios nas eleições. O PT conquistou apenas uma capital, Fortaleza, e sofreu derrotas em São Paulo, Porto Alegre e Cuiabá. No entanto, o partido melhorou seu desempenho no Nordeste, passando de 90 prefeitos em 2020 para 170 em 2024, um aumento de 89%.
 
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) também registrou um declínio significativo. No Sudeste, o PSDB caiu da liderança para a 7ª posição, com apenas 84 prefeituras, uma redução de 68% em comparação às 263 prefeituras conquistadas em 2020.
 
A abstenção nas eleições foi alta, com cerca de 29% dos eleitores faltando à votação no 2º turno. Em São Paulo, a abstenção foi a maior da história em um 2º turno, alcançando 31,54%.
 
O desempenho dos principais líderes políticos também foi analisado. O presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro não elegeram aliados na maioria das cidades que visitaram durante a campanha municipal.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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