Em entrevista ao jornalista Breno Magalhães do Jornal Diário do Estado, a pré-candidata a prefeitura de Goiânia pelo Psol, Manu Jacob falou sobre sua campanha e projetos caso eleita.
A pré-candidata fala sobre as mulheres concorrendo à prefeitura ser uma conquista de anos de disputa do espaço, para cargos de chefia e de poder. “Eu faço parte de uma partido que uma das principais bandeiras é o socialismo e a liberdade. Dentro desse partido existe a política de incentivo, de oportunidades para que mais mulheres, inclusive mulheres que fazem parte das chamadas minorias. O Psol dá essa oportunidade, mas esse é um espaço de conquista dentro do próprio partido, sem muitas barreiras.” explica a política.
Em relação a sua candidatura a candidata explica que teve apreensões devido a representar a sigla. “Eu fui convidada, o Psol é um partido guarda-chuva, dentro deles existem várias correntes, eu faço parte de uma chamada Resistência. A partir fiquei muito apreensiva de representar uma sigla de peso em um sistema eleitoral que exclui as mulheres, que é machista e racista. Em Goiânia nunca tivemos candidatas a prefeitura, poucas mulheres na Câmara. Além do enfrentamento como sociedade, é o que eu sou como pessoa, uma mulher, presta, periférica, mãe solo.”, declara.
“Existe um sentimento que me motiva, o da mudança alimentada pela desigualdade. Goiânia é uma das cidades com maior nível de desigualdade da América Latina, isso quer dizer que o mais rico e o mais podre é um abismo, a ideia é pensar política social para no primeiro momento diminuir essa desigualdade, e futuramente combater todas artimanhas que existe para manter. Para isso temos uma proposta de orçamento, a gestão possui uma visão. Temos a visão que não podemos trabalhar com uma cidade sem a população participar, através de conselhos de bairro, o conselho construtivo”, explica Manu em relação a sua gestão.
Em relação a essa ser uma eleição atípica, dependendo ainda mais da internet, a candidata explica que isso é algo que ela tem debatido diariamente. “Eu penso isso em relação às pessoas que não possuem internet, celulares, computadores, e são pessoas que mais precisam de políticos que se comprometam com a transformação. Os meios digitais de comunicação ainda não foram totalmente socializados no Brasil, em Goiânia. A gente está enfrentando isso nas aulas online, eu sou professora do estado, tenho vários alunos sem internet. Dentro desse grupo de professores vemos essa dificuldade de famílias com um aparelho de celular, sem Wi-fi. Mas as últimas eleições presidenciais mostraram que a internet vai mudar a cara das eleições, só não achava que tanto, porque não sabia da pandemia.”, declara.
“Eu sei onde vou entrar, não sou ingênua, tenho severas críticas, como para partidos pequenos, o Psol tem menos tempo na televisão, a própria mídia mantém o sistema. Aqui em Goiânia tem a especificidade da característica colonialista do estado.”, relata a pré-candidata em relação a política do estado
Confira entrevista na íntegra: