PT define Haddad como vice de Lula

A Executiva Nacional do PT aprovou, nesta noite de domingo (5), o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato a vice na chapa presidencial do partido e fechou uma aliança com o PCdoB, que passa a integrar a coligação formada também pelo PROS e PCO.

O acordo foi orientado pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva , condenado e preso na Lava Jato. Com isso, Manuela d’Ávila deixa de ser candidata ao Palácio do Planalto pelo PCdoB, que terá o direito de assumir a vice na chapa após a Justiça Eleitoral definir a validade da candidatura de Lula.

Mesmo cumprindo pena de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente foi oficializado no sábado candidato do PT. Ele, porém, está potencialmente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa após a condenação em segunda instância. Por isso, na prática, a indicação de Haddad deflagra o “plano B” da sigla na disputa presidencial.

O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigindo que os partidos definissem candidato e vice até este domingo, prazo final para realização das convenções partidárias, obrigou o PT a antecipar a decisão.  A estratégia original do partido e de Lula era levar as conversas com outros partidos até o dia 15, quando termina o prazo para registro das candidaturas.

Em reunião com dirigentes petistas e advogados na sexta-feira, em Curitiba, Lula determinou que a legenda fosse consultada sobre três nomes: Haddad, a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffomann, e o ex-ministro Jaques Wagner.

No sábado, Wagner declinou da possibilidade de ser vice e confirmou que vai disputar uma vaga no Senado pela Bahia.  No fim de semana, Haddad e seus aliados ajudaram a derrubar as últimas resistências ao seu nome, impostas principalmente por líderes de movimentos sociais e por parte dos integrantes da bancada paulista do PT na Câmara, que preferiam Gleisi ou Wagner.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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