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PT e PSOL pedem impeachment de Tarcísio por insinuação sobre PCC e Boulos

Última atualização 01/11/2024 | 10:21

Em um movimento que intensifica a tensão política em São Paulo, os partidos PT e PSOL formalizaram um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas. A ação é motivada por insinuações feitas por Tarcísio sobre uma suposta ligação entre o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), e o Primeiro Comando da Capital (PCC).A afirmação de Tarcísio contra Boulos ocorreu durante o dia de votação do segundo turno. Na ocasião, o Governador de São Paulo disse ter ciência de que o PCC orientou familiares e integrantes da facção a votarem no candidato do PSOL.

O documento foi redigido pelos deputados Paulo Fiorilo (PT) e Carlos Giannazi (PSOL). No texto, é destacado que a “a gravidade da situação não pode ser minimizada” e sustenta que Tarcísio cometeu crime de responsabilidade por falar sobre supostas instruções do crime organizado para o pleito sem antes repassá-las à Justiça Eleitoral.

Os parlamentares ainda informam que Tarcísio violou a probidade administrativa e interferido no exercício livre do voto. No texto também é dito que a “democracia foi agredida pela conduta irresponsável” do governador, citando artigos do Código Penal, e reitera que “retratações, pedidos de desculpas ou outras condutas de contrição não poderão afastar as penas” e que “não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição”

“Essas insinuações são uma clara violação da probidade administrativa e uma interferência direta no processo eleitoral. O governador não pode usar seu cargo para difamar e tentar desqualificar um candidato”, afirmou um dos parlamentares envolvidos no pedido.
 
A crítica se concentra na forma como Tarcísio de Freitas utilizou sua posição para fazer acusações sem fundamento contra Boulos, o que, segundo os parlamentares, é uma prática antiética e incompatível com o cargo que ocupa.

A decisão cabe agora ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), sobre aceitar ou arquiva o pedido de impeachment. Antes disso, ao menos 63 dos 94 deputados estaduais precisam subscrever a representação do PT e do Psol.