PT se aproxima de Marconi e busca travar obras do governo de Goiás

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O PT partiu para uma postura mais agressiva contra o governador Ronaldo Caiado, pré-candidato a presidente da República. A ordem no partido é secar ao máximo o repasses de verbas da União para Goiás, tentar paralisar os projetos em andamento do governo do Estado, se apoiando especialmente no Supremo Tribunal Federal, e se aliar politicamente aos adversários de Caiado, especialmente o PSDB de Marconi Perillo.

O novo capítulo da disputa se dá em torno das obras do Fundeinfra, que o diretório nacional do PT conseguiu suspender parte delas por meio de uma liminar do ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira. Ato contínuo à decisão do ministro, a presidente regional do PT, deputada Adriana Accorsi, se reuniu com o ex-governador José Eliton (PSDB) para discutir questões eleitorais. Estava acompanhada de Olavo Noleto, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Embora estejam trabalhando sintonizados e tenham inclusive postado foto do encontro no final de semana, PSDB e PT em Goiás não tratam abertamente de uma possível aliança, pelo passivo eleitoral que pode gerar a ambos. São muitos os entraves. Marconi tem um passado de desavenças com o presidente Lula, a quem chamou de “o maior canalha do país” há alguns anos. Hoje o ex-governador e José Eliton acumulam desgastes devido aos escândalos de corrupção dos seus governos. Marconi chegou a ser preso pela Política Federal e José Eliton havia abandonado a política após o fim do seu mandato, em 2019.

O PT também tem uma grande barreira eleitoral em Goiás, estado tradicionalmente avesso aos partidos de esquerda. Portanto, a união formal do PT com o PSDB pode promover um acúmulo de desgastes em ambas as siglas e por isto é tratada de forma velada.

O governador Ronaldo Caiado, por sua vez, tem acusado publicamente o Palácio do Planalto de agir politicamente para prejudicar sua gestão. O Estado entrou recentemente com ação no STF contra o governo federal cobrando mais de R$ 1 bilhão de repasses do SUS que não vieram. Caiado também tem cobrado as obras anunciadas dentro do PAC para Goiás, que não passaram da fase da propaganda e não há qualquer previsão de serem retiradas do papel.

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