Às vésperas das eleições presidenciais na Rússia, o presidente Vladimir Putin apresentou, durante discurso nessa quinta-feira (01), uma série de novas armas, incluindo drones submarinos e um míssil nuclear que, segundo ele, poderia “alcançar qualquer lugar no mundo” sem ser detectado por sistemas de defesa de outros países.
Essas armas foram desenvolvidas em consequência da saída americana do Tratado de Mísseis Antibalísticos, assinado em 1972 com a União Soviética, segundo o presidente Russo. A saída foi anunciada em 2001 pelo presidente George W. Bush, com o argumento de que ele prejudicava a capacidade dos Estados Unidos de se defender de ataques de terroristas ou de outros Estados.
Para Putin, Estados Unidos fracassaram em levar a sério a capacidade nuclear russa e em negociar adequadamente os acordos de controle de armas.
“Ninguém nos ouviu. Espero que nos ouçam agora”.
O míssil foi anunciado como “de cruzeiro de voo baixo, difícil de localizar, com uma carga útil nuclear de alcance praticamente ilimitado e trajeto de voo imprevisível, que pode ultrapassar linhas de intercepção e é invencível diante de todos os sistemas existentes e futuros de defesa aérea e antimísseis”. Mísseis de cruzeiro são armas de longo alcance e precisas, capazes de levar grandes cargas explosivas.
“Nós consideraríamos qualquer uso de armas nucleares contra a Rússia ou aliados como um ataque nuclear contra o nosso país”.