Putin recebe secretário de Estado dos EUA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta hoje (12) no Kremlin o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, informou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. Também está presente no encontro o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, com quem Tillerson se reuniu na manhã de hoje para abordar a crise na Síria e a atual tensão entre Rússia e EUA. A informação é da Agência EFE.

A reunião entre Putin e Tillerson não estava inicialmente na agenda, mas, desde ontem, se especulava com a possibilidade de um encontro entre ambos.

Peskov não deu nenhum detalhe sobre o que seria discutido entre o presidente russo e Tillerson, que é o primeiro representante do governo de Donald Trump que visita a Rússia, em meio à grande tensão entre Moscou e Washington.

Tillerson chegou ontem à Rússia com um ultimato para Putin, ao afirmar que o líder russo deve escolher entre apoiar o regime sírio de Bashar al Assad e uma aliança com Ocidente, mas, no início desta manhã, se mostrou aberto e construtivo em seu encontro com Lavrov.

O representante americano disse esperar que, nesta visita, fiquem “claras” as posições de cada um dos países para “determinar as diferenças e por que elas existem”, além de analisar “como reduzi-las”.

O presidente americano Donald Trump disse ontem em uma entrevista à emissora “Fox” que Putin está apoiando “uma pessoa verdadeiramente má”, em referência ao líder sírio Bashar al Assad, a quem chamou de “animal”.

“Não nos coloquem nesse falso dilema de estar com vocês ou contra vocês”, disse Lavrov a seu colega americano no começo de seu encontro.

Espera-se que, após o término da reunião com Putin, os dois ministros das Relações Exteriores ofereçam uma entrevista coletiva conjunta.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos