Puxado pelo setor de serviço, Goiás é líder de geração de empregos

  1. Em fevereiro deste ano, Goiás foi líder na criação de empregos na região Centro-Oeste. A informação é do Ministério da Economia, que registrou 17.562 novos postos de trabalho. Como vem ocorrendo em nível nacional, o setor de serviços foi o que mais recebeu trabalhadores, seguido por agropecuária , indústria, construção e comércio.

A maioria das vagas se concentrou na capital, com 6.619 oportunidades. Em segundo lugar ficou Aparecida de Goiânia  (1.409), Cristalina (600), Rio Verde (559) e Anápolis (468). Para o governador Ronaldo Caiado, os números sinalizam que o estado tem potencial de crescimento, especialmente após o período mais crítico da pandemia.

“Neste momento é fundamental que tenhamos a consciência de que Goiás tem tudo para alavancar cada vez mais e oportunizar empregos para a população do Estado neste momento da retomada”, afirma ele.

De acordo com o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna, a estatística reflete as medidas ajustadas pela atual gestão do estado desde 2020 para reequilibrar empresas e promover mais empregos, inclusive de carteira assinada.

No ranking nacional baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a geração de empregos goiana fica em sexta colocação, ficando atrás somente de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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