Quadrilha armada é presa ao tentar invadir show de Wesley Safadão

Uma quadrilha foi presa na madrugada desta quinta-feira (10) durante um show do cantor Wesley Safadão, no Parque de Exposições da Ponte de Aldeia, na cidade de Manhuaçu, em Minas Gerais. O grupo tentou entrar no evento Glacial Fest se passando por seguranças da produção do show. Os cantores Vinícius Terra, Antonny Matheus e Lincoln Lana também foram atrações da noite. Wesley não estava no local quando o fato ocorreu, de acordo com a assessoria de imprensa.

Segundo informações da Polícia Militar, cinco homens chegaram em uma caminhonete L2000 emplacada em Vargem, município do Espírito Santo. Os homens tentaram entrar na área de segurança previamente delimitada pela PM informando que trabalhariam como seguranças durante o show.

Ainda segundo a polícia, o bando estava vestido com calças e camisas pretas, boinas vermelhas, coletes táticos compartimentados e cintos com coldres. Durante o contato com os PMs, os militares desconfiaram da atitude de dois dos homens, que, pareciam tentar esconder objetos embaixo dos bancos. Os policiais então pediram que o grupo descesse do veículo e a caminhonete foi vistoriada.

De acordo com a PM, foram encontrados no assoalho do banco traseiro do veículo um revólver de calibre 38 carregado com seis cartuchos intactos, um simulacro de pistola 9 milímetros, um simulacro de pistola de calibre 40, um simulacro de fuzil MK177, uma faca com 18 centímetros de lâmina, um canivete, um aparelho de choque, dez cacetetes, cinco capas de coletes táticos, quatro algemas, duas toucas ninjas e seis rádio transmissores.

Questionados pelos militares, os homens não informaram o que pretendiam fazer na área interna do parque de exposições, onde ocorria o evento. Em nota oficial, a produção do show desmentiu boatos de que os bandidos estariam investindo em uma tentativa de sequestro do artista. “Houve somente uma ação da Polícia Militar de Minas Gerais, em seu trabalho de policiamento na rua de acesso, do lado de fora do evento”, explica o comunicado.

Os homens, com idade entre 22 e 34 anos, foram presos e encaminhados para a Polícia Civil da cidade e a caminhonete foi apreendida. Todos são naturais do Espírito Santo e não há informações sobre o histórico criminal dos envolvidos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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