Quadrilha assalta banco no Pará, ataca quartel da PM e faz reféns

Na madrugada desta quarta-feira, 2, pelo menos 10 criminosos fortemente armados assaltaram uma agência do Banco do Brasil no município de Cametá, no Pará. A ação apresenta semelhanças com a ocorrida na madrugada do dia 1º em Criciúma, no estado de Santa Catarina.

A quadrilha fez reféns com o objetivo de usá-los como escudo humano caso houvesse enfrentamento com a polícia. Um dos reféns, identificado como Alessandro de Jesus Lopes Moraes, foi morto após ter sido alvejado pelos criminosos. Outra pessoa foi atingida na perna e está internada no hospital da cidade, mas não corre risco de morte.

Ao iniciar a ação, a quadrilha atacou um quartel da Polícia Militar (PM), impedindo a saída dos policiais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), os bandidos estavam com armas de grosso calibre, entre elas, fuzis. A ação durou mais de uma hora, com tiros sendo disparados para o alto durante todo o período.

A agência bancária atacada, que fica no prédio da Câmara dos Vereadores de Cametá, ficou destruída. Segundo as autoridades locais, uma caminhonete que teria sido utilizada pelos bandidos durante a ação foi encontrada pelas equipes policiais com “diversos explosivos” no km 15 de uma estrada que faz conexão com o município vizinho de Tucuruí.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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