Quadrilha desvia cargas e movimenta mais de R$ 12 milhões: Operação ‘Chave na Mão’ desmantela grupo criminoso em MG, SP, PR e mais

Quadrilha movimentou mais de R$ 12 milhões com desvio de cargas em um ano

Operação ‘Chave na Mão’ cumpriu mandados em cidades de MG, SP, PR, GO e PB nesta terça-feira (10). A quadrilha atuava em todo o território nacional, mas a chefia e o núcleo principal do grupo se concentravam na região do Triângulo Mineiro, principalmente em Uberaba.

A quadrilha especializada em desvios de cargas investigada pela operação “Chave na Mão” na manhã desta terça-feira (10) movimentou mais de R$ 12 milhões em aproximadamente um ano, segundo o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“A gente trabalha com as informações que vieram do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras]. De movimentações suspeitas, só nas contas identificadas, dos integrantes que nós investigamos, foi mais de 12 milhões”, disse.

Durante a investigação, foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Paraíba. Veja a lista abaixo.

A Polícia Militar (PM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Grupo de Patrulhamento Tático e unidades de inteligência também participaram da operação. Foram presas 14 pessoas e apreendidas 5 armas de fogo e munições, R$ 20 mil em espécie, R$ 202 mil em cheques, além de veículos de luxo, celulares e documentos.

Segundo o Gaeco, o grupo também é acusado de furto mediante fraude, estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documento e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. A quadrilha atuava em todo o território nacional, mas a chefia e o núcleo principal do grupo se concentravam na região do Triângulo Mineiro, principalmente em Uberaba.

Para a realização dos crimes, a quadrilha contava com informações privilegiadas sobre determinada carga transportada, como placas fotovoltaicas e defensivos agrícolas, seja por interesse de quem a contrata ou por interesse de “atravessadores” intermediários.

As investigações começaram há cerca de dois anos, a partir do compartilhamento de informações realizado pela PRF, segundo o coordenador do Gaeco Regional de Uberaba, promotor José Cícero Barbosa da Silva Junior. O termo “chave na mão” ou “chaveirinho” consiste na simulação do motorista de ser vítima de furto/roubo de carga. Contudo, esse apenas entrega a mercadoria para um determinado receptador.

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Tragédia em Torres: Bolo suspeito causa mortes e intoxicação na Família

Bolo que teria causado envenenamento ou intoxicação — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Três pessoas perderam a vida após ingerirem um bolo servido em Torres. No entanto, de acordo com as informações da Polícia Civil, a mulher responsável pela preparação da sobremesa foi a única pessoa presente na casa a consumir duas fatias do bolo. Mesmo após a ingestão das fatias, a mulher apresentou sintomas de intoxicação alimentar, sendo hospitalizada em um centro médico localizado na cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Além da mulher, uma criança de 10 anos também segue internada, mas ambos apresentaram melhoras em seu estado de saúde. As autoridades realizaram uma perícia minuciosa no bolo consumido durante o evento, com o objetivo de elucidar as causas desse incidente que resultou em tragédia. A Polícia Civil investiga as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar como possíveis responsáveis pela situação.

As vítimas fatais foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, com 43 anos, filha de Neuza. O falecimento das três mulheres ocorreu em um curto intervalo de tempo, com diagnósticos diferentes. As duas primeiras vítimas tiveram parada cardiorrespiratória, enquanto a terceira morte foi atribuída a um “choque pós intoxicação alimentar”.

A investigação da Polícia Civil revelou que sete membros da mesma família estavam reunidos em uma casa em Torres durante um café da tarde, e apenas uma pessoa não teria ingerido o bolo. A mulher responsável pela preparação da sobremesa, que foi hospitalizada, levou o alimento de Arroio do Sal para Torres. Os corpos das vítimas foram encaminhados para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), e os alimentos consumidos pela família passaram por perícia.

O delegado Marcos Vinícius Velho destacou que a residência apresentava produtos vencidos, como uma maionese que estava fora da validade há um ano, além de um frasco com líquido branco em vez de cápsulas, o qual será submetido à análise pericial. Curiosamente, o ex-marido da mulher que fez o bolo faleceu em setembro por intoxicação alimentar, situação que não foi investigada na época. Diante desse cenário, a polícia instaurou um inquérito e solicitou a exumação do corpo do ex-marido da suspeita.

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