Quadrilha do “golpe da falsa central de banco” é presa em mansão de luxo na Barra da Tijuca: Veja como funcionava o esquema de mais de R$ 25 milhões em golpes.

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Uma quadrilha especializada em aplicar o “golpe da falsa central de banco” foi encontrada presa em uma mansão de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os quatro integrantes, que foram detidos pela Polícia Civil, estavam desfrutando de uma vida de alto padrão, com diárias de R$ 6 mil. Além disso, eles faziam questão de ostentar essa vida luxuosa nas redes sociais, exibindo carros importados, artigos de grife e passeios de iate.

Entre os integrantes da quadrilha estava Caroline da Silva de Araújo, de 28 anos, que costumava compartilhar fotos dirigindo uma Porsche e exibindo compras de luxo, como um tênis da Louis Vuitton no valor de R$ 8.300. Eles mantinham uma mansão com uma equipe de funcionários para atendê-los, incluindo cozinheira, faxineira e piscineiro. A luxuosa residência dispunha de piscina, sauna, academia e espaço gourmet.

O golpe aplicado pela quadrilha consistia em se passar por funcionários de instituições financeiras e convencer as vítimas a acreditar que havia uma fraude em suas contas. Com isso, induziam as pessoas a fornecer senhas, instalar aplicativos de acesso remoto ou fazer transferências para contas controladas pelo grupo criminoso. Ao todo, mais de duzentas vítimas foram lesadas em mais de R$ 25 milhões ao longo de três anos.

Segundo o delegado Ângelo Lages, os alvos preferenciais da quadrilha eram idosos, e eles tinham acesso a cerca de 70 mil dados de clientes de instituições financeiras. Após a prisão dos integrantes, a Justiça determinou bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões e apreensão de bens de luxo adquiridos com o dinheiro do golpe. A investigação revelou que os criminosos usavam empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos valores roubados.

As investigações tiveram início em Florianópolis, onde uma vítima relatou um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. Com o avanço das diligências, a polícia identificou os responsáveis pelo golpe, residentes em São Paulo. Foram expedidos mandados de prisão e busca, culminando na operação que levou à captura dos quatro criminosos. O trabalho integrado entre a Polícia Civil de Santa Catarina e do Rio de Janeiro foi fundamental para o sucesso da ação.

Os integrantes da quadrilha responderão pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O delegado Ângelo Lages enfatiza a importância de os correntistas estarem alertas e desconfiados de possíveis golpes, orientando a procurar os canais oficiais das instituições financeiras em caso de dúvidas. O caso serve como alerta para a importância da segurança digital e da vigilância contra a ação de golpistas.

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