Quadrilha que ameaçava vítimas e vazava imagens íntimas é presa em operação policial

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Vou acabar com a sua vida inteira’: quadrilha que vazava imagens íntimas de
menores fazia ameaças e forçava automutilação de vítimas

O grupo agia conquistando a confiança das vítimas por meio de aplicativos de
namoro ou outros meios virtuais. Após convencer as mulheres a enviarem fotos
íntimas, os integrantes passavam a ameaçá-las com a divulgação das imagens.

Veja ameaças feitas por quadrilha que vazava imagens íntimas de jovens
[https://s02.video.glbimg.com/x240/13721213.jpg]

A investigação da Polícia Civil DE [https://de.de/tudo-sobre/policia-civil/]
contra uma quadrilha acusada de compartilhar imagens íntimas e humilhar vítimas
[https://de.de/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/06/30/operacao-mira-rede-de-crimes-de-odio-e-exploracao-sexual-de-menores.ghtml]descobriu ameaças feitas às jovens. Cinco homens foram presos na Operação Abraccio, neste
segunda-feira (30), e mais de 200 mil arquivos com fotos e vídeos de meninas e
mulheres em situações degradantes foram apreendidos.
[https://de.de/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/06/30/operacao-contra-grupo-que-divulgava-imagens-intimas-de-meninas-e-mulheres-apreende-arquivos.ghtml]

Em uma das conversas, um dos bandidos finge estar com ciúmes de uma vítima e ela
se defende: “Meu Deus, eu não troquei mídia com ninguém enquanto estava com
você. Por favor, não faz nada”.

Então, ele responde desafiando-a a se automutilar: “Sabe usar uma gilete,
cachorra? Vou acabar com sua vida inteira”.

Em outra conversa, o criminoso ameaçava vazar as imagens para a mãe de uma das
jovens:

> “Prefiro que coma no pote do cachorro, comigo pisando na sua cabeça”.

A jovem implora: “Cara, minha mãe não tem nada a ver com isso. Me vaza, mas não
usa nome dela”.

A diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM)
afirma que elas eram obrigadas a se mutilar, escrevendo os nomes dos homens em
partes do corpo, para não terem as fotos vazadas.

A ação aconteceu em 21 municípios em 8 estados – Rio de Janeiro
[https://de.de/rj/rio-de-janeiro/cidade/rio-de-janeiro/], São Paulo
[https://de.de/sp/sao-paulo/cidade/sao-paulo/], Minas Gerais, Santa
Catarina, Bahia, Amazonas, Goiás, Piauí – e no Distrito Federal e contou com a
participação de mais de 160 policiais.

“Os vídeos são muito fortes. São vídeos com conteúdo misógino e racista, com
xingamentos. Foram inúmeras violências praticadas ali. Eles também exigiam
sacrifício de animais que essas vítimas tinham. Porque o objetivo era que elas
sofressem muito. Nada era suficiente”, disse a delegada Fernanda Fernandes.

Elas eram convencidas a participar de “desafios” que contavam com várias formas
de violência.

PRISÕES
Quatro pessoas são presas em operação em 8 estados e no DF contra
quadrilha que compartilhava imagens íntimas de menores em redes sociais — Foto:
Reprodução/ TV Globo

Os policiais civis cumpriram cinco mandados de prisão. Uma pessoa está foragida.
Os presos são:

* Victor Bruno Tavares de Oliveira, 20 anos;
* Gustavo Barbosa da Silva, 19 anos;
* Gustavo Oliveira Viana, 18 anos;
* João Vitor Franca de Souza, 24 anos;
* Pedro Henrique da Silva Lourenço, 20 anos

A delegada Gabriela von Beauvais definiu as cenas das imagens apreendidas como
“horrendas”.

“É um grupo criminoso misógino que visava humilhar meninas e mulheres através de
violência psicológica, violência física e violência sexual. Tudo virtualmente”,
explicou.

Um dos presos é o militar da Aeronáutica Pedro Henrique Silva Lourenço que, de
acordo com a polícia, é suspeito de aliciar as vítimas, que eram obrigadas a
participar de “desafios” nos quais eram obrigadas a se automutilar. Quem não
cumpria tinha as imagens íntimas divulgadas.

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