Quadrilha que manteve Luciana Curtis e família reféns responderá por sequestro, extorsão e roubo

Quadrilha que manteve Luciana Curtis, marido e filha reféns por 12 horas responderá por sequestro, extorsão e roubo

Modelo, fotógrafo e criança ficaram no cativeiro com sequestradores, entre quarta (27) e quinta (28). Vítimas foram pegas na Zona Oeste quando saíam de restaurante. Carro foi encontrado carbonizado nesta seta e perícia analisa se veículo é o roubado das vítimas.

A modelo Luciana Curtis e o marido, o fotógrafo Henrique DE, que foram sequestrados em SP — Foto: Reprodução/redes sociais

A quadrilha que manteve reféns num cativeiro por cerca de 12 horas a modelo Luciana Curtis, seu marido, o fotógrafo Henrique DE, e a filha caçula do casal, responderá pelos crimes de sequestro, extorsão e roubo quando for identificada e presa pela polícia.

Luciana, de 47 anos, Henrique, de 53, e filha deles de 11 foram abordados na quarta-feira (27) por três criminosos armados quando saíam de um restaurante onde tinham ido jantar no Alto da Lapa, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo.

A quadrilha ainda roubou o carro do casal, um GWM Haval, avaliado em mais de R$ 200 mil, quando arrebatou a família por volta das 21h de quarta na Avenida Pio XI. Também transferiu dinheiro das vítimas para contas bancárias de pessoas ligadas ao grupo criminoso. Os valores levados ainda não foram contabilizados por Luciana e Henrique.

Nesta sexta-feira (29), um carro foi localizado na região da Vila Penteado, Zona Norte da capital. Exames periciais foram requisitados para confirmar se é o carro roubado das vítimas no dia do crime.

A modelo, o fotógrafo e a criança ficaram com os sequestrados num barraco, que serviu de cativeiro na Brasilândia, periferia da Zona Norte da capital paulista.

Os bandidos soltaram os pais e a menina depois das 10h30 de quinta-feira (28) na região de Parada de Taipas, também na Zona Norte. Os três caminharam até conseguirem ajuda de funcionários públicos que estavam num caminhão. Eles levaram as vítimas até uma delegacia, o 72º Distrito Policial (DP), Vila Penteado.

Enquanto isso, na casa da família, a filha mais velha, uma adolescente, tinha notado que os pais e a irmão não estavam em casa quando ela acordou. E ligou para um tio que avisou a polícia. A informação do sumiço de Luciana, do marido e da filha do casal chegou ao conhecimento da Divisão Antissequestro (DAS), que foi até o 72º DP.

Por se tratar de um caso de sequestro, ele será investigado pela DAS. Como o casal “apresentava um quadro emocional muito abalado”, os policiais orientaram Luciana e Henrique a entrarem em contato com eles “nos próximos dias”.

A investigação é feita 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro. Os agentes chegaram a ir no cativeiro onde a família foi mantida refém (veja vídeo e fotos do lugar nesta reportagem). Mas não encontraram mais os bandidos no local. Os criminosos fugiram.

Para buscar pistas e até tentar identificar os sequestradores, a investigação analisa imagens gravadas por câmeras de segurança do restaurante onde a família jantou, da rua onde ela foi arrebatada, e também da região do cativeiro. Os policiais querem saber se os aparelhos flagraram os criminosos.

Em nota, a assessoria da modelo confirmou o sequestro e informou que “a família foi libertada e encontra-se bem”.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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