Quadro de saúde de Bruno Covas é irreversível

O estado de saúde do prefeito afastado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), se agravou muito nesta sexta-feira (14), e o “quadro clínico é considerado irreversível”, diz boletim médico. Os familiares foram chamados ao hospital Sírio-Libanês na capital paulista, onde ele está internado desde domingo, 2 de maio.

Bruno Covas ficou internado entre o dia 16 e 27 de abril, quando exames médicos identificaram, além da lesão no estômago, novos nódulos de câncer no fígado e pequenos danos em ossos da coluna e da bacia. Com as novas lesões, o tratamento de Covas mudou e passou a integrar quimioterapia e imunoterapia.

O prefeito chegou a receber alta, mas um mal-estar súbito o levou de volta aos cuidados médicos. No domingo (2), o prefeito encaminhou à Câmara dos Vereadores um pedido de licença de 30 dias. No mesmo dia ele se submeteu a exames de sangue, de imagem e uma endoscopia que revelaram um sangramento na cárdia, justamente onde o câncer do prefeito se originou.

Na segunda (3), a equipe do Sírio-Libanês levou Bruno Covas à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) onde ele foi intubado para estancar o sangramento com uma endoscopia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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