Quaest: 94% dos brasileiros desaprovam ato golpista de 8 de janeiro

OQuaest: 94% dos brasileiros desaprova ato golpista de 8 de janeiro

Nesta quarta-feira, 15, a Quaest divulgou uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros em relação aos ataques criminosos contra a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano. Segundo o relatório, 94% desaprovam os atos e 4% disseram ter aprovado o ataque. 

Foi também questionado ao público se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve influência nas invasões. De acordo com a pesquisa, 50% acham que sim, enquanto 38% discordam da afirmação. Já 10% não souberam responder. 

Outra questão apurada foi se o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu fortalecido ou não após os ataques. 72% das pessoas entendem que Lula saiu mais forte, enquanto 14% entendem que Lula saiu mais fraco. Em relação ao meio termo, 6% das pessoas informaram que Lula não saiu nem mais forte, nem mais fraco. Outros 8% não souberam ou não quiseram responder. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 13 de fevereiro. Foram ouvidas 2.016 pessoas em todo o país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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