Quasar Cia de Dança, uma das principais companhias de dança do Brasil, está comemorando seus 35 anos de existência com a estreia do espetáculo “Menos da Metade”. Pela primeira vez, o grupo utiliza a arte como ferramenta de conscientização ambiental, abordando na apresentação a destruição do Cerrado. No fim de 2023, a obra teve uma pré-estreia na Cidade de Goiás, depois fez sua première em Goiânia. Agora, abrindo a temporada 2024, o grupo leva a montagem para Itumbiara.
A apresentação está programada para acontecer às 19 horas de domingo, 7, no Teatro Municipal Maria Pires Perillo. A sessão será única e com ingressos gratuitos. As portas serão abertas às 18h20, e a entrada só será permitida até o limite da capacidade do espaço (900 lugares), a classificação do espetáculo é livre. Este projeto conta com o patrocínio da Belcar Caminhões, por meio do Programa Estadual de Incentivo à Cultura – Goyazes.
ENGAJAMENTO AMBIENTAL
No palco, os bailarinos da Quasar se transformam em um elo entre a audiência e a natureza do Cerrado, tecendo uma narrativa que busca envolver e fazer sentir a grandiosidade e a fragilidade desse bioma. Através de movimentos e expressões corporais, eles evocam a beleza, a contorção, as temperaturas, as texturas e as fragrâncias desse ambiente tão rico e ameaçado.
A Quasar Cia de Dança acredita que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação e conscientização. Por isso, através do espetáculo “Menos da Metade”, eles buscam despertar a consciência do público e incentivar ações em prol da preservação do Cerrado. A destruição se transforma em esperança e a indiferença se converte em ação.
O coreógrafo Henrique Rodovalho decidiu fazer uma pausa em suas temáticas habituais para abordar um assunto urgente e relevante para toda a sociedade. “Eu tenho pensado nesse trabalho há bastante tempo e cada vez mais percebo a necessidade dele. Esse ano estamos vivendo temperaturas fora do comum em todo o Brasil, com secas devastadoras em alguns lugares e chuvas destruidoras em outros. Até mesmo para quem é produtor rural, essas condições são prejudiciais. E Goiás é o estado que mais tem terras produzindo soja ou criando bovinos”, pontua.