Quase 13% dos militares do Exército e Aeronáutica se recusaram a tomar vacina contra covid

Um a cada cinco militares das Forças Armadas já tiveram covid, mas 12,96 % dos integrantes do Exército e da Aeronáutica ainda se recusa a tomar a vacina contra a doença. A maior parte dos que não aceita se imunizar faz parte do Exército.

Os dados foram informados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) para o jornal Metrópoles. O total de imunizados, com exceção da Marinha, chega a 55% nas duas instituições estatais. A Marinha foi a única Força Armada que não divulgou as informações porque alegou não os possuir.

Sobre os números, o Ministério da Defesa alegou que os militares seguem as mesmas orientação para a população, cujo total de imunizados supera os 78% entre as pessoas acima de 12 anos.  A pasta, portanto, não obriga o contingente a se imunizar contra o coronavírus. As únicas vacinas exigidas pelas Forças Armadas são as de febre amarela, tétano e hepatite B.

Passaporte Vacinal

O Brasil exige a comprovação de vacina apenas em aeroportos e universidades e institutos federais. Nos municípios, 94% deles aprovam a solicitação do passaporte da vacina para acesso a locais públicos e coletivos, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Em Goiânia, o passaporte vacinal não é obrigatório. A orientação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) é exigir o documento para entrada em shows, jogos de futebol, teatros, cinemas e outros eventos de grande porte, especialmente em ambientes fechados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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