Quase 70% dos servidores da Prefeitura de Goiânia são mulheres

Quase 70% dos servidores da Prefeitura de Goiânia são mulheres

Atualmente, 69% dos cargos da administração municipal são ocupados por mulheres. Em números absolutos, esse percentual significa que a capital tem 38.517 servidoras e 17.160 servidores. As secretarias que mais se destacam pela presença feminina são as de Educação, com mais de 15 mil servidoras, e a de Saúde, com cerca de 8 mil.

Esses números são superiores ao panorama nacional que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), estima-se que 59% dos cargos no serviço público sejam ocupados por mulheres. Em relação ao mercado formal, a estimativa é de que 44% dos empregos pertencem às mulheres no Brasil.

O desafio é relação à remuneração, uma vez que levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que elas chegam a ganhar 22% a menos do que os salários pagos aos homens.

“Na Prefeitura de Goiânia, a situação é favorável às mulheres pois há isonomia nas remunerações. Além disso, concursos e processos seletivos garantem igualdade entre os gêneros são frequentemente realizados”, observa o secretário de administração, Denes Pereira.

De acordo com o prefeito Rogério Cruz, na administração municipal, as mulheres encontram ambientes onde são respeitadas e possuem liberdade para desenvolver projetos. “Temos mulheres em diferentes funções na prefeitura. Seja no comando das secretarias, seja em atividades nas quais era comum, há até pouco tempo, haver somente homens. A presença crescente delas se reflete na qualidade do que entregamos à população. Acredito na importância da participação feminina para termos uma sociedade melhor, humanizada e mais igualitária”, destaca.

Denes Pereira acrescenta “que a ocupação dos cargos por mulheres na Prefeitura de Goiânia deve ser um exemplo a ser seguido por outras esferas do poder público e pela iniciativa privada”. “As mulheres devem ser maioria em qualquer ambiente de trabalho porque elas representam a maior parcela da população brasileira. Elas precisam estar em pé de igualdade com os homens, com as mesmas condições e oportunidades, cargos e salários. E elas se destacam pelo trabalho e qualidade no atendimento à população. Estão nos cargos que ocupam aqui por merecimento e por qualificação”, afirma.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos