Quase 700 mil eleitores no exterior devem votar para presidente do Brasil

Lorena votando para presidente do Brasil no exterior

Quase 700 mil eleitores no exterior devem votar para presidente do Brasil

Nas Eleições de 2022, quase 700 mil eleitores que moram fora do Brasil estão aptos a votar. A quantidade de votantes que podem votar em terras estrangeiras aumentou 39,2% em relação às Eleições de 2018. Apesar disso, residentes do exterior podem apenas escolher o presidente da República no pleito geral.

Eleitores que votam fora do Brasil

Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente 697.078 eleitores podem votar fora do Brasil em 181 cidades estrangeiras.

O perfil desses votantes indica uma maioria feminina (59%), um equilíbrio no estado civil (47% casados, 46% solteiros), maior presença de cidadãos com formação no ensino superior completo (42%) e nas faixas de 45 a 59 anos de idade (201.104 eleitores), além de 35 a 44 anos (198.112 eleitores).

Lorena de Campos Pavan nasceu em Goiânia e tem 39 anos de idade. Mora na Inglaterra há 12 anos e, durante esse período, votou uma vez em solo inglês. Neste ano, votará novamente em Londres, quinta cidade com o maior número de eleitores fora do Brasil: 34.498, no total.

“O processo de votação por aqui é bem parecido com o do Brasil. Você vai até a zona eleitoral, que aqui em Londres é na Embaixada Brasileira, mas em 2022 vai ser em outro lugar, em um College (faculdade). Então, apresenta seu passaporte junto com o título e vota usando a urna eletrônica. Simples e rápido”, descreve Lorena.

Segundo ela, a grande diferença é que brasileiros residindo no exterior participam somente das eleições presidenciais. Além disso, há uma escassez de zonas de votação, fazendo com que algumas pessoas deixem de votar por morar em outra cidade. De qualquer forma, nada disso impede que Lorena, assim como outros brasileiros, se mantenha informada sobre a situação política do Brasil.

“Eu e meu esposo, que também é brasileiro, acompanhamos as informações sobre os candidatos através da Internet, reportagens, redes sociais e conversando com nossos familiares”, complementa.

As cidades com o maior número de eleitores brasileiros fora do País são as seguintes: Lisboa (45.273), em Portugal; Miami (40.189) e Boston (37.159), nos EUA; e Nagoia (35.651), no Japão. Por outro lado, Vaticano (Itália), Bamako (Mali) e Abuja (Nigéria) possuem apenas um votante do Brasil residindo em cada um dos locais.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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