Quase metade dos brasileiros são contra privatização, indica pesquisa do DataFolha

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Quase metade dos brasileiros são contra privatização, indica pesquisa do DataFolha

Uma pesquisa do Datafolha revelou que 45% dos brasileiros não concorda com a venda de instituições públicas para o setor privado. Somente 38% é favorável à proposta, 14% não sabe e 3% é indiferente ao assunto. O índice de aprovação é o maior desde 2017. O levantamento foi realizado antes de o governo federal retirar seis estatais do chamado Programa Nacional de Desestatização (PND) que haviam sido incluídas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Na avaliação anterior, em setembro do ano passado, a quantidade de entrevistados a favor das desestatizações era menor (26%). Esse público era majoritariamente (70%) apoiador do Partido Liberal (PL), no qual Bolsonaro é filiado, e a menor parte (28%) eleitora do Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o Datafolha.

 

No caso dos Correios, a pesquisa verificou um empate sobre uma possível privatização dos Correios. A maioria é contrária à desestatização de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e da Petrobras. O maior medo é o encarecimento dos produtos e serviços, embora considerem que o atendimento seja melhor nas empresas privadas. 

 

O levantamento foi realizado por 2.028 pessoas acima de 16 anos de idade em 126 municípios brasileiros entre 29 e 30 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

 

Na lista de empresas salvas da iniciativa privada por meio da privatização  estão os Correios, a EBC, a Dataprev , a Nuclep, o Serpro, a ABGF e o Ceitec. A Conab, a PPSA  e a Telebras foram excluídas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

 

Comparativo da Pesquisa:

Abril de 2023

Contra: 45%

A favor: 38%

 

Setembro de 2022

Contra: 66%

A favor: 26%

 

Conclusões

– 70% dos apoiadores do PL aprovam privatizações / 28% dos apoiadores do PT é a favor da desestatização

-Qualidade do serviço: 54% acredita que no ramo privado é melhor que no público / 25% defende ser pior /  6%afirma ser  igual /  15% não soube responder

-Atendimento ao cliente: 61% diz que é melhor das empresas privadas  / 22% crê ser pior em relação ao das estatais /  6% considera igual / 11% não soube responder

-Preços: 67% defende nas empresas privadas são mais caros / 19% considera mais baratos

-Apoio à privatização da Petrobras (37% a favor, 53% contra) e bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (36% a favor, 55% contra)

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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