Quatro crianças são encontradas mortas dentro de casa em Alvorada

Quatro crianças são encontradas mortas dentro de casa em Alvorada; pai é o principal suspeito

Quatro crianças, com idades entre 3 e 11 anos, foram encontradas mortas dentro de uma casa em Alvorada, Região Metropolitana de Porto Alegre. Os corpos foram descobertos na noite desta terça-feira, 13, e o principal suspeito é o pai das crianças, David Silva Lemos, de 28 anos, que foi preso na madrugada de quarta-feira, 14, em um hotel da Capital.

As crianças estavam passando o dia com o pai para visita e voltariam para a casa da mãe, de 24 anos, nos próximos dias. Três delas foram encontradas com marcas de facadas e uma com asfixia, após tomarem calmante para dormir. Ele ficou em silêncio durante o depoimento na delegacia e não deu detalhes da ação. 

Segundo a perícia, a suspeita é de que as vítimas tenham sido mortos de 12 a 24 horas antes da polícia chegar, por volta das 19h30. O homem teria ameaçado a mãe dos filhos no fim da tarde de terça. O suspeito possui histórico de agressões e a ex tem uma medida protetiva contra ele. 

Motivação 

À RBS TV, a avó materna das vítimas contou que o suspeito já havia agredido a mãe das vítimas e que cometeu o crime para atingi-la. 

“Ele já agrediu minha filha. Já tinha acabado o relacionamento, não tinha nada mais a ver, mas ele fez pra atingir minha filha, com certeza, da pior forma que tem. Ele é um covarde”, diz Idenise Martins da Silva.

A polícia, o suspeito relatou que deu chá para os filhos dormirem e que as sufocou com um travesseiro, dando facada nos mais velhos. 

“Ele ia levando para dentro da casa, fazia a criança dormir. Ele já tinha aplicado um chá nas crianças, nos referiu que foi um chá que ele deu na segunda-feira [12] pela manhã e que ele ia levando as crianças pra casa e a criança dormia e ele sufocava a criança com o travesseiro. Isso foi feito na criança mais nova e nas maiores ele fez a mesma coisa e depois deu as facadas. As crianças mais velhas foram golpeadas no peito e nas costas com mais de 10 facadas”, disse Augusto Zenon, delegado responsável pelo caso. 

A casa onde as crianças estavam foi isolada para perícia. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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