Quatro mortes em cinco meses: polícia investiga mulher suspeita de envenenamento

https__img.migalhas.com.br__SL__gf_base__SL__empresas__SL__MIGA__SL__imagens__SL__2025__SL__10__SL__13__SL__cropped_rvmpvvrn.lgl.jpg._PROC_CP65

Ana Paula Veloso Fernandes é investigada pela Polícia Civil sob suspeita de matar quatro pessoas envenenadas entre janeiro e maio deste ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O alto número de crimes cometidos em curto período levou a Justiça paulista a classificar a mulher como uma “verdadeira serial killer”. As vítimas identificadas são Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres, conforme registros das ações penais em andamento nos dois estados.

A Vara do Júri de Guarulhos recebeu integralmente a denúncia do Ministério Público de São Paulo, que acusa Ana Paula de quatro homicídios triplamente qualificados. Inicialmente, a Justiça havia aceitado apenas os casos ocorridos em Guarulhos, mas a decisão foi revisada, permitindo que os quatro crimes sejam julgados no mesmo processo. As mortes ocorreram entre janeiro e maio de 2025, sendo Marcelo Hari Fonseca morto em janeiro em Guarulhos; Maria Aparecida Rodrigues entre 10 e 11 de abril em Guarulhos; Neil Corrêa da Silva em 26 de abril em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; e Hayder Mhazres em 23 de maio, em São Paulo. Os casos foram enquadrados como homicídios triplamente qualificados nos crimes contra Marcelo, Maria Aparecida e Hayder, e como homicídio qualificado com aumento de pena no caso de Neil.

As investigações apontam que Ana Paula utilizou veneno em todas as mortes, seguindo um padrão semelhante, e agiu por motivo torpe, aplicando substâncias que dificultavam a defesa das vítimas. Segundo a denúncia, a suspeita possuía conhecimento técnico sobre a dosagem e o efeito do veneno, permitindo que as mortes parecessem naturais.

Ana Paula está presa preventivamente pelo assassinato de Neil Corrêa da Silva, que morreu após consumir uma feijoada envenenada. A Polícia Civil informou que ela teria viajado de Guarulhos ao Rio de Janeiro para cometer o crime, supostamente a pedido da filha da vítima, Michele Paiva da Silva, também presa por suspeita de participação. Durante as investigações, Ana Paula confessou ter matado dez cachorros com veneno para testar os efeitos do produto. A polícia também identificou tentativas de enganar os investigadores, como simular ameaças contra si própria e imputar falsamente a autoria de um homicídio a um antigo amante.

As apurações continuam sob responsabilidade das polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro, que investigam se a suspeita pode estar envolvida em outros casos semelhantes.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp